Por Tim Hepher
PARIS (Reuters) - A fabricante europeia de aviões Airbus, manteve suas metas financeiras para o ano depois de divulgar um lucro maior do que o esperado no primeiro trimestre, ofuscado por um dinheiro mais fraco e por acusações relacionadas à proibição alemã de exportação para a Arábia Saudita.
Os resultados são os primeiros apresentados pelo novo presidente-executivo, Guillaume Faury, e o chefe financeiro, Dominik Asam, que apontaram para uma forte demanda para o jato A320neo, enquanto descartam qualquer expectativa de um benefício resultante da crise no 737 MAX da Boeing.
A Alemanha disse no mês passado que estenderia a proibição de exportar armas para a Arábia Saudita, pressionando os exportadores europeus de armas, incluindo a França, onde a Airbus está sediada.
A proibição de exportação barrou um contrato de segurança da fronteira saudita há muito adiado.
"Estamos algemados e não podemos concluir o contrato de exportação da Arábia Saudita como planejado", disse Asam a analistas, acrescentando que a Airbus continuará as negociações com a Arábia Saudita.
A Airbus cobrava 190 milhões de euros relacionados ao contrato, com as taxas cambiais elevando o total de depreciação relacionada à Arábia Saudita para 297 milhões de euros.
As receitas trimestrais aumentaram 24 por cento em relação ao ano passado, para 12,55 bilhões de euros, enquanto o lucro operacional ajustado saltou para 549 milhões de euros, ante 14 milhões no ano passado, impulsionado pelas maiores entregas de aviões após atrasos no A320neo.
Uma pesquisa da Reuters previa receita de 12,99 bilhões de euros e lucro operacional ajustado de 520 milhões.