Por Senad Karaahmetovic
As ações da Amazon (NASDAQ:AMZN) registravam queda de 4,86% por volta das 14h03 desta sexta-feira, após a gigante do comércio eletrônico divulgar resultados mistos e projeções fracas.
A Amazon apurou um LPA de US$ 0,03 no 4º tri, abaixo da estimativa dos analistas de US$ 0,17. A receita para o trimestre foi de US$ 149,2 bilhões, acima do consenso de US$ 145,64 bilhões. As vendas líquidas subiram 8,6% ano a ano, graças a um salto de 20% no AWS. Mesmo assim, os negócios de nuvem da companhia ficaram abaixo do consenso. Os negócios da Amazon com comércio eletrônico também ficaram abaixo das estimativas, já que as vendas recuaram 2,3% A/A.
“Nosso foco incansável em fornecer uma ampla variedade de produtos, com valor excepcional e a entrega mais rápida, aumentou a demanda dos clientes em nossas lojas durante o 4º tri, superando nossas expectativas, e valorizamos todos os nossos clientes que usaram a Amazon no último período de festas de fim de ano”, declaro Andy Jassy, CEO da Amazon, em um informe.
Para este trimestre, a Amazon projeta que sua receita ficará entre US$ 121 e 126 bilhões, com o ponto médio ficando abaixo do consenso de US$ 125,1 bilhões. O lucro operacional no 1º tri deve ficar entre 0 e 4 bilhões de dólares, em comparação com 3,7 bilhões no 1º tri de 2022.
Os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) elevaram o preço-alvo das ações da Amazon em US$ 10, para US$ 150, dizendo que os resultados mostraram “uma profunda melhora na lucratividade do varejo, dando-nos mais confiança nas eficiências/lucros gerados pela escala da companhia daqui para frente”.
“Embora estejamos reduzindo nossa previsão de receita do AWS em ~6%/6% para 2023/24, acreditamos que a oportunidade de negócios no longo prazo permanece intacta”, acrescentaram os analistas.
Os analistas do RBC complementaram: "Achamos que há um forte foco na melhoria das margens de varejo ao longo deste ano, quando acreditamos que uma execução forte maximizará a captura de demanda. Menos positivo é o fato de o AWS perder receita e margens, com queda de projeção no 1º tri, sem uma aceleração antes do terceiro trimestre e sem garantias de estabilização da margem. Ajustamos as estimativas e acreditamos que a AMZN provavelmente precisa de margens para surpreender tanto na nuvem quanto no varejo para uma reaceleração no segundo semestre, antes que as ações voltem a subir."