Por Kylie MacLellan e Paul Sandle
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Após o colapso da Thomas Cook deixar dezenas de milhares de britânicos dependentes do governo para trazê-los para casa, o primeiro-ministro Boris Johnson questionou se os chefes da empresa de viagens deveriam ter recebido tanto antes de seu fim.
Administrando hotéis, resorts e companhias aéreas para 19 milhões de pessoas por ano, a Thomas Cook atualmente tem cerca de 600 mil pessoas no exterior e precisará da ajuda de governos e empresas de seguros para trazê-las de volta de lugares tão distantes como Cancún, Cuba e Chipre.
Falando em Nova York, Johnson questionou por que o Estado deveria ser responsabilizado pelas ações de diretores generosamente pagos e disse que as operadoras de turismo deveriam ter algum tipo de seguro contra essas falhas.
"Eu tenho uma pergunta sobre se é certo que os diretores, ou quem quer que seja, o conselho, recebam grandes somas quando as empresas podem entrar em situações como esta", disse Johnson.
"Você precisa ter algum sistema pelo qual os operadores turísticos se garantam adequadamente contra esse tipo de eventualidade."
Segundo relatos na segunda-feira, o governo turco e um grupo de hoteleiros espanhóis estavam dispostos a apoiar um plano de resgate de 200 milhões de libras, sustentado por uma garantia do governo britânico.
A secretária de negócios Andrea Leadsom, no entanto, disse que a quantia não manteria a operadora funcionando por mais de duas semanas.
"A Thomas Cook está tentando pagar dívidas de 1,7 bilhão de libras, e seria um desperdício de dinheiro dos contribuintes gastar mais em cima de dinheiro mal gasto", disse ela à Sky News.
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447727))
REUTERS PS PAL