Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta terça-feira na bolsa paulista as ações do Magazine Luiza (SA:MGLU3) registram desvalorização de 0,20% a R$ 199,8.0 Na noite de ontem, a rede varejista divulgou o resultado do primeiro trimestre do ano, encerrando o período com lucro líquido de R$ 132,1 milhões, uma queda de 10,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 147,5 milhões.
Dessa forma, a margem líquida teve queda de 1 ponto percentual, indo de 4,1% um ano atrás para 3,1% nos números apresentados na segunda-feira.
A receita bruta entre janeiro e março de 2019 atingiu R$ 5,313 bilhões, um importante crescimento de 21,7% em relação aos R$ 4,366 bilhões registrado no mesmo período de 2018, resultado de vendas totais, incluído Marketplace, de R$ 5,718 bilhões.
Com isso, o Ebitda do primeiro trimestre foi de R$ 395,4 milhões, um crescimento de 31,6% em relação aos R$ 300,5 milhões de um ano atrás, levando a um crescimento da margem Ebitda de 0,8 ponto percentual, indo de 8,3% para 9,1%.
O dado do lucro líquido considera a adoção do IFRS 16, que se refere à contabilidade de arrendamentos. Dessa forma, desconsiderando esse efeito, e em bases comparáveis, o lucro foi de R$ 138,6 milhões, queda de 6%.
O Magazine Luiza informou também que no primeiro trimestre, a base de clientes ativos atingiu 18,2 milhões e cresceu 34% comparado ao mesmo período do ano passado, sendo 68% de crescimento no e-commerce e 23% nas lojas físicas. Com isso, as vendas, de forma geral, aumentaram 28% de janeiro a março. O e-commerce cresceu mais de 50% em vendas e o número de itens distintos vendidos online mais que dobrou.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) destaca que, desde que elevou a recomendação do ativo para compra em agosto de 2016, a companhia se mostra como uma verdadeira plataforma omnichannel, com grande foco em níveis de serviço, amplo sortimento e tráfego sólido em seu site.
Para o banco, desde então, o Magazine Luiza superou as expectativas, surpreendendo consistentemente o mercado com um sólido crescimento em suas operações de comércio eletrônico.
Com isso, os analistas destacam que devem revisar os números da companhia em breve. Na visão da equipe, mesmo com a pressão da margem para persistir nos próximos trimestres e com o vento contrário com o fim da Lei do Bem, eles não esperam que a ação perca força, apesar de admitir que a alta é mais limitada no curto prazo.
Eles avaliam que a empresa é a vencedora em um setor definido para triplicar nos próximos anos e enfrentar uma tendência de consolidação envolvendo um punhado de concorrentes. Com isso, eles acreditam que o melhor ainda está por vir.