Por Dhirendra Tripathi
Investing.com - As ações da Apple (NASDAQ:AAPL) caíam 1,4% por volta das 13h05 (horário de Brasília) desta quarta-feira, devido às preocupações de que uma escassez global de chips poderia prejudicar a fabricação do produto mais importante da empresa, o iPhone.
No Brasil, o BDR da gigante da tecnologia (SA:AAPL34) caía 0,9%.
Uma desaceleração no setor de serviços da empresa, linha de produtos que agora contribui com mais de um quinto de sua receita total, também pesou no sentimento.
O CEO da Apple, Tim Cook, afirmou à Reuters: "Enfrentamos certo desabastecimento... em um momento em que a demanda tem sido tão grande e tão além das nossas expectativas que está difícil obter o conjunto completo de peças dentro dos prazos de entrega."
Os comentários foram feitos apenas uma semana depois de relatos sugerirem que a Apple estivesse com planos para uma guinada na produção do iPhone ainda neste ano, antecipando atualizações conforme os serviços de 5G são lançados ao redor do mundo.
A demanda induzida pela pandemia por gadgets como laptops, celulares e impressoras permaneceu alta, à medida que empresas e indivíduos adotam o estilo de vida misto entre escritório e casa.
A empresa registrou em 26 de junho um terceiro trimestre recorde e superou com folga as estimativas dos analistas.
Consumidores aumentaram as compras de celulares 5G premium, como o iPhone 12 Pro e 12 Pro Max, e na China mais pessoas procuraram sincronizar relógios Apple com os iPhones.
A receita total da empresa chegou a US$ 81,43 bilhões, um aumento de 36% no comparativo anual, superando facilmente os US$ 73,26 bilhões esperados por analistas. O lucro disparou em 93%, para a casa dos US$ 21,74 bilhões, ou US$ 1,30 por ação, acima do esperado US$ 1,01.
As vendas do iPhone aumentaram 50% e representaram 48% da receita total. As vendas de iPads e Macs beiraram os US$ 7,37 bilhões e US$ 8,24 bilhões, respectivamente.
Só na China as vendas aumentaram 58%, chegando a US$ 14,76 bilhões.
A receita do setor de serviços da empresa no trimestre cresceu um terço, a US$ 17,49 bilhões. Essa é uma alta histórica, porém, o diretor financeiro, Luca Maestri, disparou uma palavra de cautela durante uma chamada com analistas.
"Esperamos um crescimento ainda significativo em serviços, mas não no nível que vimos em junho", disse ele.
A Apple agora tem 700 milhões de assinantes nas suas diversas plataformas, entre elas a App Store, Apple TV e Apple Music, e outras.