Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - A ArcelorMittal destacou os problemas enfrentados pela indústria siderúrgica europeia ao anunciar um corte de produção pela segunda vez este mês, culpando fraca demanda e altas importações.
As ações da empresa, a maior siderúrgica do mundo, chegaram a cair 6%, atingindo seu ponto mais baixo desde julho de 2016 e às 12h16 (horário de Brasília) caíam 4%. Os papeis acumulam perda de cerca de 25 por cento no ano até o momento.
O anúncio de corte de produção ocorreu depois que a British Steel entrou em colapso na semana passada, colocando 25 mil empregos em risco, a menos que encontre um comprador.
A Comissão Europeia está atualmente revisando medidas de proteção do setor para limitar a entrada de aço importado no bloco como resultado de aumento das tarifas dos Estados Unidos..
A ArcelorMittal disse que o novo corte de produção envolve volume de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas. Ele segue-se a corte de 3 milhões de toneladas anunciado em 6 de maio.
A empresa cortou neste mês a previsão de demanda na Europa, prevendo uma contração devido ao declínio da produção automotiva.
A ArcelorMittal possui usinas em 18 países do mundo, incluindo no Brasil, e tem 47 por cento de sua produção realizada na Europa.