Por Gabriel Codas
Investing.com - Na tarde desta quinta-feira as ações da Arezzo (SA:ARZZ3) operam com perdas, depois que a companhia reportou que encerrou os três primeiros meses do ano com lucro líquido de R$ 26 milhões, representando um crescimento de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números foram beneficiados pela recuperação de créditos fiscais, cujo efeito líquido de impostos foi de R$ 20 milhões.
Assim, por volta das 15h35, os papéis eram negociados com perdas de 0,87% a R$ 43,52.
Em relação à receita líquida, a varejista teve recuo de 0,4% no primeiro trimestre, para R$ 375,5 milhões. Excluindo as operações da marca Vans, adquirida em outubro do ano passado, a receita recuou 11%, para R$ 336,4 milhões.
A companhia informa que entre janeiro e março registrou redução de 17% das vendas do canal de franquias e de lojas próprias, após as autoridades terem decretado o fechamento de serviços não essenciais por conta da pandemia do novo coronavírus. Já as vendas pela internet subiram 54%. Excluindo a Vans, a alta foi de 34,5%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 18%, para R$ 64,3 milhões, com a incorporação da Vans, ainda que a rentabilidade esteja em patamares inferiores aos da companhia, e os efeitos do crédito fiscal.
Visão dos analistas
Na opinião do BTG Pactual (SA:BPAC11), os números operacionais foram alinhados com as estimativas. No geral, apesar de uma perspectiva desafiadora do curto prazo, com as lojas fechadas e efeitos negativos advindos da menor confiança do consumidor e do maior desemprego, a perspectiva é positiva no longo prazo, baseado em três pilares: expansão resiliente nos mercados locais, oportunidades com novas marcas a bordo, como Vans, e o crescimento gradual na operação on-line nos EUA, principalmente nos canais de comércio on-line e atacado, daí a classificação de compra