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Argentina enfrenta credores à medida que prazo da dívida de US$65 bi se aproxima

Publicado 04.05.2020, 14:10
Atualizado 04.05.2020, 14:15
© Reuters. .

Por Marc Jones e Karin Strohecker e Adam Jourdan

LONDRES/BUENOS AIRES (Reuters) - O governo da Argentina e seus maiores detentores de títulos estão em desacordo sobre os planos de reestruturar 65 bilhões de dólares em dívida externa, sem sinal de qualquer dos lados de que possam ceder em negociações de última hora para fechar um acordo.

Nesta segunda-feira, três grandes grupos de credores reiteraram sua posição de que rejeitariam uma oferta dura que o governo fez no mês passado. O prazo da oferta é sexta-feira e o governo endureceu sua posição de que o atual acordo de reestruturação é a única maneira de evitar uma crise da dívida completa.

As negociações, que arrasaram os bônus argentinos, determinarão se o país será capaz de evitar entrar no que seria seu nono default, prejudicando seu acesso aos mercados globais à medida que luta para escapar de uma recessão dolorosa.

A oferta da Argentina incluiu uma interrupção de três anos nos pagamentos dos títulos, uma redução de 62% nos pagamentos de cupons e adiamento dos vencimentos para 2030 e além.

Os detentores de títulos, que anteriormente rejeitaram a proposta, disseram que não ofereceriam seus títulos na oferta atual, embora estivessem dispostos a trabalhar com o governo da Argentina quando este estivesse pronto para fazê-lo.

"Os credores consideram que os termos exigem que os portadores de bônus argentinos sofram perdas desproporcionais que não são justificadas nem necessárias", disseram os três grupos de credores em comunicado.

Os grupos incluem nomes como BlackRock, Fidelity, Ashmore e os fundos de hedge Greylock Capital, HBK e Pharo Management.

Os bônus argentinos, que já estão sendo negociados em níveis estressados entre 20 e 35 centavos, caíam 2,7% em média nesta segunda-feira.

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O impasse está aumentando o risco de a Argentina cair em default da dívida soberana em 22 de maio, quando o período de carência de um pagamento de juros no valor de 500 milhões de dólares se esgotar.

Santiago Cafiero, chefe do gabinete da Argentina, disse à estação de rádio local La Red nesta segunda-feira que a oferta do país aos credores não será modificada porque é "o compromisso que podemos cumprir e que será sustentável ao longo do tempo".

O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, escreveu em um artigo no Financial Times no domingo que a Argentina não pode pagar mais aos credores, especialmente com o coronavírus, que agora devasta as exportações e as receitas fiscais.

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