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Ausência da Petrobras e preços baixos do petróleo afetaram leilão, diz ANP

Publicado 07.10.2015, 16:49
Atualizado 07.10.2015, 16:59
© Reuters.  Ausência da Petrobras e preços baixos do petróleo afetaram leilão, diz ANP
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A ausência da Petrobras (SA:PETR4) na 13ª Rodada de Licitação dos blocos exploratórios de petróleo e gás natural e os baixos preços do petróleo podem ter sido os grandes motivos para que o leilão apresentasse resultado "aquém do esperado", na avaliação da diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.

"Eu acredito que a Petrobras é a grande locomotiva da exploração e produção do país. Em todas as rodadas, quando a gente olha para trás, as empresas estrangeiras querem e pleiteiam a parceria com a Petrobras, de forma que esse pode sim ter sido sim, quem sabe, uma das razões para as grandes petroleiras não terem entrado", afirmou Magda, em entrevista após o leilão.

Sem a participação da petroleira estatal, afetada pela crise e o escândalo de corrupção que impactaram seus investimentos, a 13ª Rodada de Licitação apresentou fraco interesse pelos ativos, negociando apenas 37 dos 266 blocos exploratórios ofertados.

Além disso, a grande maioria dos lances vencedores (35) foi para áreas em terra, menos valiosas e com menor potencial para petróleo.

Ofertas de empresas estrangeiras para áreas em águas profundas da Bacia de Sergipe Alagoas eram aguardadas, na avaliação de Magda, o que não aconteceu.

Os dois únicos blocos arrematados em mar foram levados pela brasileira Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP (SA:QGEP3)), por um total de 100 milhões de reais em bônus de assinatura, dos 121 milhões de reais que foram arrecadados no total do leilão.

A previsão de investimentos do Programa Exploratório Mínimo a ser cumprido pelas empresas vencedoras é de 216 milhões de reais de reais. Um total de 17 empresas levaram áreas, sendo 11 brasileiras e seis estrangeiras, número que não inclui as grandes petroleiras.

"Algumas dessas áreas ofertadas eram consideradas pela ANP como extremamente boas", afirmou Magda, citando a Bacia do Espírito Santo, que não teve ofertas.

Entretanto, Magda destacou que o resultado da rodada mostra que ANP está no caminho certo em sua estratégia de diversificar áreas exploratórias no país, atraindo empresas de diferentes portes.

CRÍTICAS DA INDÚSTRIA

Magda afirmou que "tem dúvidas" se críticas apresentadas por representantes da indústria do petróleo seriam a razão para ao resultado da 13ª Rodada.

De acordo com ela, no ponto de vista regulatório, a 13ª Rodada teve poucas diferenças em relação a 11ª Rodada, em 2013, que foi um sucesso, com recorde de arrecadação.

O secretário de óleo e gás do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Antônio Guimarães, discordou da diretora-geral da ANP de que o fraco resultado do leilão foi motivado pela ausência da Petrobras.

Segundo ele, a baixa atratividade das áreas ofertadas, a conjuntura desfavorável com o Brent operando próximo de 50 dólares e as deficiências no marco regulatório são motivos que justificam o desempenho do certame.

"Todos tínhamos expectativa muito maior com relação ao leilão... ninguém vai negar que a queda do preço do petróleo afeta a todos, mas o principal do leilão é que as empresas olham para oportunidade mais atrativas. Poderíamos ter tido um leilão melhor", disse ele a jornalistas após o certame.

"O mundo mudou e essa mudança exige uma outra forma e uma outra abordagem... podem ter empresas que gostariam de operar com a Petrobras, mas não tenho dúvidas que outras têm intenção de vir e operar no Brasil. Não colocaria Petrobras como fator preponderante; isso é colocar peso demais", acrescentou Guimarães.

Ele citou que em recentes leilões no México, após ajustes, o interesse foi muito maior do que em um primeiro certame.

(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)

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