Investing.com - O movimento foi bullish em Wall Street nesta semana. O otimismo prevaleceu com indicadores econômicos dos principais países apontando desaceleração econômica e de negociações políticas e geopolíticas apresentando evolução. Em meio à expectativa com fatores extemporâneos ao mercado, teve a continuação da divulgação de balanços referentes ao 4º trimestre de 2018, com a maioria dos resultados acima da expectativa do mercado. Os índices acionários subiram mais de 2% nesta semana.
As notícias que impulsionaram o sentimento bullish nos investidores foram o desfecho do embate entre a Casa Branca e o Congresso americano em torno do Orçamento e o aparente avanço das negociações comerciais entre EUA e China. Após a maior paralisação do governo da história entre dezembro e janeiro, os partidos Republicano (do presidente Donald Trump) e Democrata encontraram o denominador comum e aprovaram o orçamento sem a exigência de recursos demandados por Trump para a construção de um muro ao longo da fronteira com o México. Entretanto, Trump não deu o braço a torcer com a derrota legislativa e declarou, na sexta-feira, emergência para a construção do muro, facilitando, assim, à Casa Branca o remanejamento de fundos do Orçamento sem a autorização do Congresso. O desdobramento do estado de emergência deve continuar na próxima semana com os democratas contestando a constitucionalidade da medida de Trump.
A tensão comercial entre EUA e China foi marcada nesta semana pela reunião com membros de alto nível dos governos dos dois países. As conversas foram em Pequim, com os dois lados declarando avanço para um acordo. O presidente Trump, inclusive, cogita prorrogar o prazo de 1º março para a celebração de um acordo ou para impor taxas de importação em US$ 200 bilhões de produtos chineses caso as negociações fracassem. A prorrogação depende da evolução das conversas, de acordo com a avaliação do presidente americano.
As negociações sino-americanas impulsionaram o petróleo a uma alta de 5% na semana, inclusive com o Brent, negociado em Londres e referência global do petróleo, rompendo a barreira dos US$ 65. A alta não se traduz em um mercado bullish: os estoques americanos estão elevados e indicadores divulgados nesta semana confirmam o momento de desaceleração de crescimento nas principais economias.
Houve divulgação de indicadores no Reino Unido, na China e nos EUA. Na terra da rainha, o PIB do quarto trimestre cresceu 0,2%, abaixo do consendo. Já os EUA apresentaram o pior dado do varejo em 9 anos para o mês de dezembro, com queda de 1,2%, enquanto a produção industrial no país caiu 0,6%. Tais dados não tiveram força suficiente para transformar o mercado em bearish.