SÃO PAULO (Reuters) - A B3 (SA:B3SA3) projeta investimentos de 420 milhões a 460 milhões de reais no próximo ano, um pouco acima da faixa de 395 milhões a 425 milhões de reais estimada para 2020, de acordo com fato relevante publicado nesta quinta-feira.
A alavancagem financeira medida pela dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente dos últimos 12 meses está calculada em 1,5 vez em 2021, de 1,2 vez neste ano.
As despesas ajustadas devem ficar entre 1,225 bilhão e 1,275 bilhão de reais no ano que vem, de 1,125 bilhão a 1,175 bilhão de reais em 2020, com as despesas atreladas ao faturamento passando a 225 milhões a 265 milhões de reais em 2021, de 170 milhões a 200 milhões no exercício corrente.
A B3 também afirmou que tem como alvo para 2020 e 2021 distribuir entre 120% e 150% do seu lucro líquido societário aos seus acionistas, na forma de juros sobre capital próprio, dividendos, recompra de ações ou outros instrumentos aplicáveis.
Em comunicado separado, a empresa de infraestrutura de mercado financeiro reportou que o volume financeiro médio negociado diariamente no segmento listado de ações ficou em 34,177 bilhões de reais, alta de 74,9% ano a ano.
Na média diária, foram negociados 3 milhões de contratos por dia, alta de 82,7% acima de novembro de 2019, com a receita por contrato caindo 4,7% na mesma base de comparação.
No fim de novembro, a B3 registrou 3.205.871 investidores ativos, alta de 98,3% ano a ano, e tinha 407 empresas listadas, de 390 companhias um ano antes, com a capitalização alcançando 4,476 trilhões de reais, de 4,364 trilhões um ano antes.
No segmento listado de juros, moeda e mercadorias, o volume médio diário de derivativos somou 3,88 milhões de contratos, queda de 22,8% ano a ano. A RPC, por sua vez, cresceu 83% na base anual.
(Por Alberto Alerigi Jr. e Paula Arend Laier)