Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O Banco do Brasil (SA:BBAS3) (BB) registrou resultados muito acima do esperado no 3T21, com lucro líquido de R$ 5,1 bilhões, aumento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve uma expansão da margem financeira, por causa do crescimento da sua carteira de crédito, enquanto as despesas de pessoal permaneceram estáveis.
Apesar de a solidez dos resultados de Tesouraria e Previdência não parecerem tão recorrentes, o Safra também destaca o bom desempenho dos volumes de crédito e a leve recuperação das receitas de serviços do banco.
O BB apresentou um forte ROE de 14% e manteve um índice de cobertura sólido de 323%, o que, aponta a XP, está muito acima dos 250% do Santander (SA:SANB11), 297% do Bradesco (SA:BBDC4) e 234% do Itaú (SA:ITUB4). Além disso, a corretora defende que a queda para 1,8% de inadimplência no trimestre reforça a visão de que o Banco do Brasil possui uma carteira mais defensiva e mais bem preparada para cenários mais difíceis.
Sobre o novo guidance, o BB elevou suas expectativas para a carteira total de crédito, margem financeira e lucro líquido ajustado. O banco agora espera que o total de empréstimos cresça de 14% a 16% este ano, 5p.p. mais do que o ponto médio de seu guidance anterior. Para o Safra, essa revisão é motivada principalmente pelo crescimento surpreendente da carteira rural, que agora deve crescer de 29% a 31% na comparação anual, quando antes a previsão era de um avanço de 11% a 15% antes.
A nova expectativa de lucro líquido agora varia de R$ 19-21 bilhões, sustentada por maiores crescimentos da margem financeira e do crédito, que são esperados para 4-6% e 14-16%, respectivamente.
Para o Bank of America, o BB tem um valuation atraente com um P/VPA em 0,6x, especialmente considerando o ROE de 14% do banco e um balanço sólido. Assim, a sua recomendação é de compra dos ativos do Banco do Brasil, a um preço-alvo de R$ 44. A XP também sugere a compra, mas com preço-alvo de R$ 52.
Já para o Safra, o banco tem uma perspectiva de crescimento robusto dos lucros e um valuation baixo de P/L 22e de 4,3x, menor que a sua média histórica de 5 anos, de 7,1x. Por isso, os analistas do Safra mantém a indicação de compra, com preço-alvo de R$ 48.
Às 14h57, as ações do Banco do Brasil subiam 0,51%, a R$ 29,63.