FRANKFURT (Reuters) - A Bayer disse nesta segunda-feira que avançou na busca de um acordo sobre as alegações de que o defensivo contra ervas daninhas Roundup, à base de glifosato, causa câncer, depois que a Bloomberg informou que a empresa chegou a um acordo verbal envolvendo de 50 mil a 85 mil casos.
A companhia herdou a disputa legal com a aquisição da Monsanto, em 2018, por 63 bilhões de dólares. Em abril, a administração da Bayer recuperou o apoio dos acionistas para lidar com o processo de litígio.
A Bloomberg citou pessoas familiarizadas com as negociações dizendo que os acordos ainda não foram assinados e que a Bayer provavelmente os anunciará em junho.
"Fizemos progressos nas discussões de mediação do Roundup sob os auspícios de Ken Feinberg, mas, mantendo a confidencialidade desse processo, a empresa não especula sobre resultados ou prazos dos acordos", disse um porta-voz da empresa.
A Bloomberg informou que o número total de processos relacionados a câncer envolvendo a empresa Estados Unidos era de 125 mil, incluindo dezenas de milhares que foram suspensos pelos advogados dos demandantes após acordos com a Bayer.
A Bayer disse em abril que foi processada por 52.500 demandantes nos EUA que acusam o Roundup e outros defensivos contra ervas daninhas à base de glifosato de causar câncer, contra 48.600 em fevereiro.
"Por várias razões, muitas reivindicações coletadas por advogados não serão atendidas em um programa de acordos", acrescentou o porta-voz da empresa.
A Bloomberg informou que os acordos verbais faziam parte de um pacote potencial de 10 bilhões de dólares, que incluiria 2 bilhões de dólares para casos futuros que forem trazidos para negociação após o acerto.
(Por Ludwig Burger)