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BR busca ressarcimento por perdas com programa de subvenção ao diesel

Publicado 27.09.2018, 17:39
© Reuters. Caminhão abastece no Rio de Janeiro
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A BR Distribuidora (SA:BRDT3), empresa de combustíveis controlada pela Petrobras (SA:PETR4), tem negociado com o governo o recebimento de cerca de 25 milhões de reais por perdas após o lançamento do programa de subsídio ao diesel, quando as regras impediam a sua participação no plano, afirmou nesta quinta-feira o presidente da empresa, Ivan de Sá.

O programa de subsídio foi uma das medidas encontradas pelo governo federal para encerrar a histórica greve de caminhoneiros em maio.

No entanto, as regras do programa entre junho e julho não permitiram a adesão da BR Distribuidora.

"A gente está discutindo esse valor... com órgãos competentes, como fica esse valor que não foi coberto... a gente está falando alguma coisa em torno de 25 milhões de reais... achamos que tem muito mérito em obtermos... gostaria que fosse o quanto antes", afirmou.

A companhia importa combustíveis por meio da modalidade conta de ordem --em que uma empresa importadora promove em nome da BR o despacho aduaneiro de importação de mercadorias adquiridas por ela.

A inclusão dessa modalidade de importação no esquema de subsídios foi realizada na terceira fase do programa, iniciada em agosto.

Por meio do programa de subsídios, importadoras e produtoras, como Petrobras, reduzem os preços contando com um ressarcimento do governo.

FUTURO INCERTO

O executivo pontuou que não há clareza sobre o que acontecerá ao fim dos subsídios, no fim do ano.

Ele defendeu que o mercado participe de uma possível solução de transição, mas evitou apresentar suas próprias propostas a jornalistas, durante a conferência Rio Oil & Gas.

"O subsídio está válido até o fim do ano... a partir de 1o de janeiro, a gente está entendendo que volta a sistemática anterior de preços livres", disse Sá.

"Obviamente estamos preocupados em saber qual o nível de preços que terá na virada do ano, a gente tem visto o dólar e o petróleo subindo, isso causa uma preocupação em termos do nível do preço do combustível que irá ser praticado."

Questionado se o preocupa uma possível corrida aos postos por consumidores, que poderão temer um aumento relevante dos preços ao virar do ano, Sá frisou que estará preparado para qualquer cenário.

"A gente obviamente não sabe o que vai acontecer. Se houver esse momento ou de corrida de consumo em postos, certamente a gente vai estar preparado para isso", afirmou, explicando que atualmente não está elevando os estoques além do normalmente operado por eles.

Caso seja necessário aumentar estoques, em um cenário de demanda atípica próxima ao fim do programa, Sá afirmou que a BR poderá pedir maior suprimento para a Petrobras ou até mesmo realizar importações, se achar vantajoso.

Sá afirmou que atualmente a empresa não está realizando importações por não ver atratividade financeira, devido ao programa de subsídios.

Diversas empresas do setor já alertaram que o programa não as remunera adequadamente, o que fez com que as importações privadas reduzissem de forma importante e a Petrobras voltasse a ser a grande supridora de diesel do Brasil.

LOJAS DE CONVENIÊNCIA

Sá afirmou que o grande foco da empresa para o próximo ano é a expansão da rede de postos. Além disso, também está trabalhando para expandir e alavancar suas lojas de conveniência.

Sá prevê ser possível aprovar ainda neste ano uma nova modelagem envolvendo lojas de conveniência.

A empresa busca possíveis parceiros e já assinou acordos de confidencialidade com empresas nacionais e estrangeiras.

Segundo ele, o plano será dobrar o número de lojas, ante as atuais 1.400, em três anos.

Além disso, o executivo pontuou que poderá elevar o nível de investimentos em 2019, ante 2018. Mas não entrou em detalhes, pois não está ainda definido.

© Reuters. Caminhão abastece no Rio de Janeiro

"Se ver oportunidade de investimento, seja para crescimento da rede seja para outro negócio, a gente tem geração de caixa que nos permite investimentos maiores, mas não definimos."

(Por Marta Nogueira)

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