SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de combustíveis BR Distribuidora (SA:BRDT3) admitiu em comunicado nesta segunda-feira que a epidemia de coronavírus "deverá ocasionar redução da demanda por combustíveis no país", citando redução da atividade econômica e medidas de restrição à circulação de pessoas e ao uso de transportes.
A empresa, no entanto, disse que "a evolução do surto continua volátil e há incerteza sobre seus efeitos e duração, tornando difícil, neste momento, estimar ou quantificar os potenciais impactos nos negócios", de acordo com o comunicado.
Em meio a esse cenário, a BR, que tem a Petrobras (SA:PETR4) como principal acionista, disse que ativou ainda em 13 de março um comitê de crise e que tem adotado medidas mitigadoras, "buscando a estabilidade das operações, normalidade no atendimento aos clientes e a preservação da saúde e bem-estar de colaboradores diretos e indiretos".
Alguns governos estaduais pelo Brasil têm buscado reduzir a circulação de pessoas com as crescentes restrições à abertura de estabelecimentos comerciais, mas postos de gasolina não têm sido enquadrados nas medidas por serem considerados serviços essenciais.
Na semana passada, diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirmou à Reuters que postos de combustíveis no Brasil já haviam começado a observar redução acentuada das vendas, com alguns deles atingindo queda de mais de 50% da demanda.
(Por Luciano Costa)