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Bradesco provisiona R$4,9 bi por exposição à Americanas e lucro do 4º tri desaba

Publicado 09.02.2023, 19:22
Atualizado 10.02.2023, 07:49
© Reuters. Logo do Bradesco em bicicleta para aluguel, em São Paulo. 
01/02/2018. 
REUTERS/Paulo Whitaker
BBAS3
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SANB11
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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco (BVMF:BBDC4) fez uma provisão extra de 4,9 bilhões de reais para cobrir toda sua exposição à Americanas, o que levou o banco a registrar uma queda severa do lucro no quarto trimestre.

O segundo maior banco privado do país anunciou nesta quinta-feira que seu lucro recorrente de outubro a dezembro de 2022 somou 1,6 bilhão de reais, queda de 75,9% ante mesmo período do ano anterior e bastante aquém da projeção média de analistas consultados pela Refinitiv, de 4,4 bilhões de reais.

O anúncio mostra como os grandes bancos brasileiros têm preferindo uma abordagem conservadora em relação às prováveis perdas que terão com a varejista, que pediu recuperação judicial no mês passado após reportar "inconsistências contábeis" de cerca de 20 bilhões de reais.

Na terça-feira, o Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), maior banco privado do país, havia anunciado uma provisão extra de 1,3 bilhão de reais no balanço do quarto trimestre, também para cobrir 100% da exposição à Americanas. Na semana passada, o Santander Brasil (BVMF:SANB11) também anunciara uma provisão extra para o caso, porém sem citar números.

No Bradesco, porém, além da exposição bastante superior à Americanas, o episódio distanciou o banco ainda mais do desempenho de rivais como Itaú e Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), uma vez que no terceiro trimestre já havia divulgado um conjunto de resultados inferior.

Na época, o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, dissera que o banco havia sido atingido por uma "tempestade perfeita".

No quarto trimestre, o Bradesco teve uma surpreendente queda de 1,7% na margem financeira na comparação anual, a 16,7 bilhões de reais, impactada por uma perda de 803 milhões na tesouraria.

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Além disso, a qualidade de sua carteira de empréstimos -- que cresceu 9,8%, a 891,9 bilhões de reais -- voltou a piorar, com o índice de inadimplência acima de 90 dias chegando a 4,3%, ante 3,9% no fim de setembro e 2,8% um ano antes, com destaque para os segmentos pessoa física e de pequenas e médias empresas.

Houve piora nos indicadores antecedentes de calotes, como o chamado NPL Creation.

Com isso, a provisão total do Bradesco para perdas esperadas com inadimplência foi de 14,9 bilhões de reais no trimestre, mais do que o dobro do reservado um ano antes.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, desabou de 17,5% para 3,9% ano a ano. O nível de capital do banco caiu 1 ponto em 3 meses, a 14,8%.

Em nota, Lazari Junior defendeu a posição do banco nos segmentos que tiveram piora nos calotes, alegando que "esse posicionamento se provará acertado ao longo do tempo".

"Estamos trabalhando intensamente em nosso objetivo de alcançar retorno recorrente de pelo menos 18%", adicionou.

PREVISÕES

O Bradesco também apresentou suas previsões de desempenho para 2023, com a de crescimento de 6,5% a 9,5% da carteira de crédito, e de despesas com provisões para calotes de 36,5 bilhões a 39,5 bilhões de reais. Em 2022, a provisão foi de 32,3 bilhões de reais.

© Reuters. Logo do Bradesco em bicicleta para aluguel, em São Paulo
01/02/2018
REUTERS/Paulo Whitaker

Em relatório a clientes, a equipe do Citi liderada por Rafael Frade comentou que, embora já esperasse resultados fracos para do Bradesco do quarto trimestre, as previsões do banco para este ano "sugerem um ambiente ainda mais difícil pela frente".

"Em especial, chamou a atenção que a orientação do custo do risco implica em maior deterioração na formação de NPL, que já está em níveis muito elevados", acrescentou.

 

(Reportagem adicional de Peter Frontini e Carolina Pulice)

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