PARIS (Reuters) - O varejista francês Casino disse nesta terça-feira que está confiante de que poderia aumentar mais a receita e a lucratividade neste ano, em razão de redução de custos e melhora nas vendas na França e no Brasil.
A companhia também disse a investidores que cumprirá sua previsão de lucro para 2016 na França, após as vendas no quarto trimestre mostrarem uma melhora no mercado doméstico no quesito mesmas lojas, principalmente nos hipermercados Geant e nas lojas Monoprix.
No Brasil, seu segundo maior mercado por receita, as vendas no varejo de alimentos foram robustas, impulsionadas pelas lojas do Assaí, que atua no segmento de atacado de autosserviço, e recuperação de vendas dos hipermercados Extra, disse o Casino.
O Casino, cuja classificação de crédito foi cortada para "junk" pela Standard & Poor's em março do ano passado, está sob pressão para reavivar lucros na França, onde agora faz mais de 50 por cento de suas vendas, em um momento de crescimento mais lento no Brasil.
"Nós acabamos 2016 com um bom ímpeto de vendas e estamos confiantes no ímpeto para 2017. A tendência de vendas na França nas últimas quatro semanas foi positiva", disse o diretor financeiro do Casino, Antoine Giscard d'Estaing, em teleconferência.
"Nós esperamos que as vendas consolidadas do grupo e a lucratividade continuem a crescer em 2017", acrescentou.
A companhia, que controla o Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR4) no Brasil, registrou vendas de 10,929 bilhões de euros no quarto trimestre.
Desconsiderando as aquisições, alienações, efeitos cambiais e combustíveis, as vendas do grupo aumentaram 5,1 por cento em relação ao ano anterior.
O Casino, que divulga o resultado do ano inteiro em março, disse que o lucro do exercício de 2016 na França - estimado e não auditado - foi ligeiramente superior a 500 milhões de euros, conforme previsto pela empresa.
A empresa também estima um fluxo de caixa livre de mais de 550 milhões de euros antes de dividendos e investimentos (capex) líquidos de 350 milhões de euros na França em 2016, previsões que Giscard d'Estaing disse não ter razões para mudar.
(Reportagem de Dominique Vidalon)