SÃO PAULO (Reuters) - A CelgPar, companhia pela qual o Estado de Goiás comanda os ativos da Celg Geração e Transmissão (Celg-GT), informou nesta sexta-feira que seus acionistas aprovaram a cisão parcial da controlada, com consequente incorporação pela CelgPar do acervo líquido cindido, e uma nova estrutura para a privatização da empresa.
Segundo a companhia, a CelgPar vai incorporar os ativos que a Celg-GT possui para geração própria e por meio de sociedades investidas, atividades de transmissão por meio de sociedades investidas e outros bens imóveis.
Já as atividades próprias de transmissão da Celg-GT serão mantidas em uma futura companhia, batizada de Celg Transmissão (Celg T), após a cisão.
A nova empresa, por sua vez, será envolvida em processo de desestatização, por meio do qual a CelgPar pretende alienar a totalidade de ações emitidas pela Celg T em leilão que deverá ocorrer no segundo semestre deste ano, na B3 (SA:B3SA3).
"A cisão parcial (é) uma medida preparatória do processo de desestatização, que também se justifica para fins de maximização do valor da Celg T e da CelgPar", afirmou a empresa em fato relevante.
Na assembleia desta sexta-feira, os acionistas também aprovaram a nova estrutura do leilão para privatização da Celg T, sendo definido o valor mínimo de 1,1 bilhão de reais para arremate da totalidade das ações da futura companhia.
A companhia goiana disse que a cisão parcial proporcionará ao mercado "maior visibilidade sobre a performance isolada" das atividades de transmissão, "permitindo aos acionistas e aos investidores uma melhor avaliação de referido segmento e viabilizando a alocação de recursos de acordo com seus interesses e estratégia de investimento."
O leilão para privatização da Celg-GT, antes da definição pela cisão parcial, estava inicialmente marcado para o último dia 13 de maio, mas foi adiado para o segundo semestre de 2021, conforme anúncio realizado pela CelgPar em abril.
À época, a empresa disse que o movimento visava evitar "a realização concomitante com outras operações do setor" e promover a análise de eventos que pudessem resultar em alterações nas condições da operação.
A eficácia da cisão parcial, que ocorre em condição suspensiva, ainda está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
(Por Gabriel Araujo)