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H&M, certificadora de algodão, diz não ver evidências contra fazendas brasileiras

Publicado 23.04.2024, 14:15
© Reuters. Trabalhador em beneficiadora de algodão nos EUA
27/11/2012
REUTERS/Randall Hill

MADRID (Reuters) - Um grupo que certifica a sustentabilidade e as práticas trabalhistas relacionadas ao algodão usado pela Inditex (BME:ITX), proprietária da Zara, disse na terça-feira que uma auditoria independente não encontrou problemas em três fazendas brasileiras acusadas por uma ONG de desmatamento e grilagem de terras.

As alegações da Earthsight contra a Better Cotton levantaram preocupações para empresas como a Inditex e a H&M depois que a ONG disse que elas estavam usando em seus produtos algodão oriundo destas fazendas, comprado por meio de fornecedores na Ásia.

A Inditex solicitou à Better Cotton, sediada em Genebra, a maior certificadora do mundo de algodão sustentável, que esclarecesse seu processo de certificação e o progresso de suas práticas de rastreabilidade, em resposta às informações recebidas da Earthsight.

Os varejistas de roupas sofrem pressão dos consumidores e ativistas para vender produtos com menos impacto ambiental.

A Better Cotton, que foi criada por empresas e vários grupos sem fins lucrativos, incluindo o World Wildlife Fund, afirma que seu objetivo é apoiar práticas sustentáveis de manejo de solo e de água, e o respeito às leis trabalhistas.

A ONG disse que uma auditoria independente realizada pela empresa de consultoria Peterson constatou que três fazendas no Estado da Bahia, licenciadas para vender Better Cotton, não violaram seus padrões e não seriam suspensas.

A Inditex se recusou a comentar os resultados da auditoria, que foram publicados pela Better Cotton na terça-feira.

A H&M disse à Reuters que conversa com a Better Cotton para acompanhar os resultados da investigação e compreender o seu plano de ação.

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"Juntamente com outros membros da marca, estamos nos engajando com a Better Cotton em conversas para melhorar ainda mais seu padrão", disse a H&M.

A Better Cotton disse que a auditoria realizada por Peterson concluiu que uma análise de imagens de satélite confirmou que as três fazendas não contribuíram para o desmatamento desde pelo menos 2008.

Alan McClay, executivo-chefe da Better Cotton, disse à Reuters que a auditoria não encontrou nenhuma evidência de não conformidade por parte das três fazendas e nenhum caso legal envolvendo-as desde 2008.

A Better Cotton disse que agora está considerando a possibilidade de realizar uma due diligence direta em grandes empresas proprietárias de fazendas de algodão, dado o impacto global desses negócios.

"Temos a oportunidade e, provavelmente, a obrigação de aprimorar e fortalecer essa diligência prévia", disse McClay, acrescentando que algumas empresas podem correr o risco de perder suas licenças se não acompanharem a evolução dos padrões.

Um parceiro estratégico da Better Cotton no Brasil concedeu às fazendas sua certificação de algodão, que o grupo reconhece como um padrão equivalente, disse McClay. O Brasil contribui com cerca de 40% do algodão certificado pela Better Cotton.

O foco da investigação foram as fazendas pertencentes às empresas SLC Agrícola (BVMF:SLCE3) e Horita Group, disse a Better Cotton.

A SLC Agrícola disse à Reuters que "continua totalmente disponível para colaborar com qualquer nova verificação que possa ser necessária".

O Horita Group recebeu bem o resultado da auditoria da Peterson, que, segundo a empresa, foi uma resposta a "acusações infundadas".

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"Concordamos com a conclusão da auditoria e estamos abertos para implementar as melhorias que foram propostas. Continuamos a nos empenhar pela transparência, o principal valor de governança que adotamos em nosso grupo", disse a Horita em um comunicado enviado por e-mail.

A Abrapa, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, disse em um comunicado que está analisando com a Better Cotton as sugestões do auditor para ajudar a tornar os padrões mais robustos e aumentar a confiabilidade da certificação.

(Reportagem de Corina Pons; reportagens adicionais de Helen Reid em Londres e Ana Mano em São Paulo)

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