XANGAI (Reuters) - O governo chinês está explorando uma fusão de duas das principais operadoras de telefonia móvel do país para acelerar o desenvolvimento dos serviços móveis 5G, informou a Bloomberg nesta terça-feira, citando pessoas a par do assunto.
A fusão, se concretizada, levaria a China Unicom, controlada pelo Estado, a se juntar com a China Telecom, criando uma operadora combinada com um valor de mercado de mais de 70 bilhões de dólares. A nova empresa ainda ficaria seria menor que a China Mobile.
A China está buscando rivalizar com os Estados Unidos em uma corrida armamentista para dominar as redes móveis 5G da próxima geração, uma tecnologia considerada estrategicamente importante para Pequim e Washington, especialmente em meio a crescentes tensões comerciais globais.
A China Unicom, formalmente conhecida como China United Network Communications, disse que não estava ciente da situação, em resposta à notícia de uma possível fusão.
A China Telecom se referiu a uma declaração anterior, quando disse que não havia sido notificada de tais planos.
A Bloomberg informou que os principais líderes do país estão revendo uma proposta para combinar China United Network Communications Co (China Unicom) e China Telecommunications Corp, acrescentando que nenhuma decisão foi tomada e que uma fusão pode não acontecer.
As duas operadoras possuem cerca de 600 milhões de assinantes móveis em julho deste ano.
As ações da China Unicom e da China Telecom subiram na terça-feira após as notícias da fusão. Há especulações sobre uma possível fusão entre as duas empresas há vários anos.
(Por Ismail Shakil, em Bangaluru, Sija Jiang, em Hong Kong, e Adam Jourdan em Xangai)