PEQUIM (Reuters) - A China espera lançar até o final de 2019 um contrato de óleo combustível marítimo de baixo teor de enxofre que permitirá que investidores estrangeiros participem das operações, disse nesta quinta-feira a Bolsa de Futuros de Xangai (ShFE, na sigla em inglês).
Um limite de 0,5% no conteúdo de enxofre para o combustível naval, definido pela Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês), entra em vigor em 2020.
"Este contrato ajudará a China a expandir sua influência de precificação no mercado de combustível de navios, além de auxiliar o país a desenvolver sua capacidade de transporte marítimo", disse em comunicado o presidente do Conselho da ShFE, Jiang Yan.
"Os mercados de combustível marítimo irão notar maiores oportunidades e desafios em 2020. A China pode reverter a atual situação, de depender totalmente de importações de combustível de alto teor de enxofre, e se tornar um dos maiores centros mundiais de oferta de combustível com baixo teor de enxofre", afirmou Jiang.
A Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC) planeja uma oferta de óleo combustível com pouco enxofre de 4 milhões de toneladas por ano, disse um executivo da companhia. A primeira remessa do combustível foi despachada de sua unidade de Dalian no início de junho.
O Sinpec Group, outra gigante do petróleo na China, afirmou no ano passado que começaria a fornecer combustível marítimo do padrão IMO 2020 em 2019, e que até 1º de janeiro toda sua oferta atenderia ao padrão.
O contrato para o combustível naval com baixo teor de enxofre seria o segundo vencimento futuro de petróleo da China, seguindo os contratos de petróleo bruto ofertados na Bolsa Internacional de Energia de Xangai, subsidiária da ShFE.
(Reportagem de Muyu Xu e Aizhu Chen)