XANGAI (Reuters) - A empresa de transporte compartilhado chinesa Didi Chuxing vai demitir 15 por cento de sua equipe ou cerca de 2 mil pessoas este ano, disse uma fonte, marcando o primeiro grande corte da empresa, que enfrenta o escrutínio a repercussão pública sobre a crise por causa do assassinato de dois de seus usuários.
O presidente-executivo da Didi, Cheng Wei, disse em uma reunião com a diretoria que a empresa se concentraria em serviços básicos de mobilidade e reduziria as unidades de negócios não consideradas essenciais para seu principal empreendimento em 2019, segundo fonte familiarizada com o assunto.
Mas a gigante chinesa terá como objetivo contratar mais de 2 mil funcionários para se concentrar em tecnologia de segurança, engenharia de produto e expansão internacional com o objetivo de manter sua contagem geral de funcionários, acrescentou a fonte.
Uma porta-voz da Didi se recusou a comentar. Notícias sobre possíveis cortes de empregos na empresa começaram a surgir no final de janeiro.
A Didi tem trabalhado para tratar das preocupações dos consumidores e do governo em relação à segurança depois que uma passageira foi estuprada e morta por um de seus motoristas em agosto do ano passado, cerca de três meses depois que outro usuário de Didi foi assassinado. Um tribunal chinês condenou um homem à morte pelo crime cometido em agosto
A Didi, que conseguiu levar o rival Uber para fora da China em 2016 e se tornar a maior empresa de transportes do país, agora está enfrentando dificuldades financeiras devido à concorrência de novos participantes e à ascensão de serviços de compartilhamento de bicicletas como o Mobike.
Esta semana, um site chinês de notícias de tecnologia informou que a Didi Chuxing perdeu 10,9 bilhões de iuanes (1,6 bilhão de dólares) em 2018.
(Por Josh Horwitz em Xangai)