Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - As ações da Coinbase (NASDAQ:COIN) (BVMF:C2OI34) chegaram a recuar mais de 7% nesta quarta-feira antes da abertura em Nova York, depois que a empresa divulgou resultados para o 2º tri e fez projeções para o número de usuários mensais para todo o ano. No entanto, as ações reverteram a baixa e passaram subir 3% após a divulgação dos dados de inflação nos EUA.
A Coinbase teve uma perda no Ebtida ajustado de US$ 151 milhões, melhor do que o consenso dos analistas de US$ 187,2 milhões. A receita foi de US$ 808,3 milhões, abaixo das estimativas de US$ 854,8 milhões.
O número de usuários que realizam transações mensais foi de 9 milhões, uma alta anual de 2,3%, melhor do que o consenso de US$ 8,4 milhões. Os volumes de negociações caíram 53% a/a para US$ 217 bilhões, menor do que o consenso de US$ 220,44 bilhões. A Coinbase informou que tinha 103 milhões de usuários verificados, superando a estimativa média dos analistas de 98,4 milhões.
Para este trimestre, a expectativa da Coinbase é registrar uma redução de usuários que realizam transações mensais em comparação com o segundo trimestre. Com isso, a empresa reduziu sua previsão média de usuários mensais que realizam transações para 7-9 milhões, contra a estimativa de 5-15 milhões anterior. O consenso dos analistas era de 8,7 milhões.
Um analista do JMP destacou a desaceleração do engajamento, mas reiterou a classificação de “market outperform” (acima da média), já que a tese de longo prazo continua intacta. O analista cortou o preço-alvo do papel de US$ 205 para US$ 195.
“Embora o cenário seja desafiador no momento, acreditamos que a Coinbase continua mais bem posicionada do que muitos avaliam (a parceria com a unidade Aladdin da BlackRock (NYSE:BLK) é um bom lembrete) e, à medida que avançamos nesse momento transitório, acreditamos que a Coinbase acabará saindo em melhor posição”, disse o analista em nota aos clientes.
Um analista do Piper Sandler reduziu o preço-alvo das ações da COIN de US$ 120 para 115, sem alterar sua classificação de “acima da média”.
“Para os investidores que não gostam de volatilidade, os resultados financeiros da COIN no 2T22 demonstraram claramente o impacto da redução dos preços das criptos, o que muitos acreditam ser o resultado de um ciclo das criptos aliado a um cenário macroeconômico mais fraco para ações de crescimento e criptos”, escreveu o analista em nota aos clientes.