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Com aversão a risco no exterior, Bolsa fecha em queda de 1,6%

Publicado 23.09.2020, 14:55
© Reuters.  Com aversão a risco no exterior, Bolsa fecha em queda de 1,6%
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Com Vale ON (SA:VALE3) (+2,23%) dando algum suporte ao índice em meio a forte avanço do dólar, o Ibovespa chegou a ensaiar leve e brevemente uma reação à tarde, mas acabou inclinado a novo dia negativo em Nova York, onde o Nasdaq mais uma vez esteve à frente na correção dos preços, em queda de 3,02% no fechamento desta quarta-feira.

Aqui, o índice de referência da B3 (SA:B3SA3) encerrou em baixa de 1,60%, aos 95.734,82 pontos, bem perto da mínima, de 95.728,13 pontos, saindo de máxima a 97.388,94, com abertura aos 97.294,37 pontos. Assim, pela quarta sessão seguida o Ibovespa ficou abaixo dos 100 mil pontos, não conseguindo nem mesmo testar a marca no intradia após 18 de setembro. Hoje, encerrou no menor nível desde 30 de junho, então aos 95.055,82 pontos.

Em setembro, as perdas chegam agora a 3,66%, superando as de agosto (-3,44%), quando a recuperação iniciada em abril foi interrompida. O giro financeiro desta quarta-feira foi a R$ 25,2 bilhões, superando o do dia anterior, então muito enfraquecido (R$ 20,1 bilhões). Na semana, o Ibovespa cede agora 2,60%, elevando as perdas a 17,22% no ano.

Uma rodada de comentários de diversas autoridades de política monetária nos EUA contribuiu hoje para reforçar a percepção de que o Federal Reserve fez o possível para dar sustentação à retomada econômica, sem contudo se fazer acompanhar por essencial nova rodada de estímulos fiscais, ante a falta de consenso entre democratas e republicanos no Congresso.

Com a progressão da tarde, a percepção de risco se agravou com a notícia de que Eric Trump, filho do presidente americano, terá de depor sobre negócios da família antes da eleição de 3 de novembro. A proximidade da disputa eleitoral é um dos fatores que ajudam a entender a persistente falta de consenso entre democratas e republicanos sobre novos estímulos.

Hoje, o presidente do Fed de Mineápolis, Neel Kashkari, disse que o BC americano está "fazendo o que pode", mas suas ferramentas são limitadas e precisariam ser complementadas por iniciativas no campo fiscal. "Melhor coisa a se fazer nos próximos meses é colocar mais dinheiro na mão das famílias", disse Kashkari. "Se pudermos armar o Congresso e outros formuladores de política fiscal, oferecendo dados e análises, queremos ter esse papel central", acrescentou.

Por sua vez, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, disse que o déficit fiscal não é um problema e que, sem novas medidas de estímulo fiscal, o mercado de trabalho vai desacelerar nos EUA. No segundo dia de depoimento ao Congresso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse hoje que "a recuperação da economia virá mais rápido com ações fiscais e do Fed". "Eu acredito que vamos ter mais apoio fiscal, não vou discutir quando e quanto", ressalvou Powell.

"O Fed tem sinalizado que já fez a parte que lhe cabia, derrubando os juros e provendo liquidez à economia. Sutilmente, tem passado a bola para o Congresso, que precisa decidir se haverá uma nova rodada de estímulos fiscais", diz Shin Lai, estrategista-chefe da Upside Investor Research, acrescentando que os mais recentes dados americanos, especialmente os de consumo, sugerem a necessidade de que mais dinheiro chegue à população.

No Brasil, os mais recentes dados sobre emprego e investimento estrangeiro direto mostram também que a situação econômica não ficará confortável sem suporte direto ao consumo na virada do ano e se o governo não reconsiderar posições sobre conservação ambiental, que contribuem para o afastamento em especial dos investidores com perspectiva de longo prazo.

"A queda nos investimentos de longo prazo, o FDI, é ruim porque pode mostrar perda de atratividade do Brasil para a economia global. Talvez fosse o momento de sinalizar que o governo está comprometido com esta questão (ambiental), mas a oportunidade foi perdida ontem no discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU", observa Shin.

Para complicar a situação, o jornal Washington Post reportou que o maior estudo genético conduzido nos EUA sobre o coronavírus, conduzido em Houston, Texas, mostrou mutação com potencial de evoluir, em meio ao ainda rápido avanço da doença no país. Na Europa, os sinais de uma segunda onda de pandemia se tornaram evidentes nesta virada de verão para outono, já resultando em respostas dos governantes, em países como Espanha e Reino Unido.

Hoje, mesmo com o forte desempenho de Vale (terceira maior alta do Ibovespa no fechamento), não houve como se evitar o retorno do Ibovespa ao campo negativo. "Por aqui, temos um déficit fiscal grande, falta de celeridade nas reformas e a prévia da inflação (IPCA-15), que veio maior que o esperado pelos economistas", observa Cristiane Fensterseifer, analista de ações da Spiti.

Na ponta do Ibovespa, Braskem (SA:BRKM5) cedeu hoje 6,18%, à frente de Totvs (SA:TOTS3) (-4,54%) e de PetroRio (SA:PRIO3) (-4,52%). No lado oposto, Localiza (SA:RENT3) subiu 13,97%, seguida por IRB (SA:IRBR3) (+9,57%) e Vale ON (+2,23%). Petrobras PN (SA:PETR4) e ON fecharam respectivamente em queda de 2,74% e 2,44%, enquanto entre os bancos as perdas também ficaram na casa de 2%, chegando a 2,84% na Unit do Santander (SA:SANB11).

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