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Com volta do apetite ao risco, os setores para investir, segundo a Genial

Publicado 22.01.2024, 16:26
© Reuters.

Investing.com – O sentimento de mercado mudou. O apetite ao risco voltou com alívio nas projeções de juros futuros no mercado doméstico e internacional. Com maior fluxo de capital estrangeiro previsto para países emergentes, o Brasil tende a ser beneficiado frente aos pares e setores como commodities e finanças, além de ações de small caps, companhias alavancadas e de consumo doméstico, que podem ser impulsionados com os cortes nos juros.

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Essa é a visão da Genial Investimentos, que divulgou relatório sobre as perspectivas para este ano e detalhou os principais pontos em entrevista exclusiva com o Investing.com Brasil. De acordo com os analistas, o pouso suave da economia americana deve ser favorável para a política monetária brasileira, favorecendo a continuidade do ciclo de cortes na taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, e, por consequência, o volume de negociação na bolsa de valores brasileira. Além disso, com um cenário chinês mais conturbado, outros emergentes devem seguir recebendo os fluxos para alocações globais. A liquidez também é um fator mencionado como destaque, pois outros países, como Rússia e nações do Leste Europeu teriam perdido atratividade guerra na sua região.

Confira a entrevista com os analistas Ygor Araujo e Guilherme Vianna:

Investing.com – Qual o alvo para o Ibovespa em 2024. Há maior otimismo? Por quais motivos?

Ygor Araujo – Com a expectativa de redução de corte de juros lá fora, acaba trazendo um cenário mais favorável para o Brasil. Os fundamentos do Brasil não são os melhores, mas quando a gente vai fazer o ajuste no valuation, o valuation aparentemente parece estar muito mais descontado do que deveria, em termos de preço, lucro, nível de retorno sobre patrimônio líquido. Mesmo depois do rali de alta de final do ano, a bolsa ainda segue um pouquinho largada. O estrategista da Genial Filipe Villegas estima um Ibovespa ao final de 2024 em torno de 151 mil pontos. É uma visão bem positiva para o Ibovespa, olhando o cenário atual que a gente tem. Existe um cenário que pode até se tornar mais favorável, eventualmente, se lá fora, principalmente a economia americana, se realmente a gente não tiver nenhuma surpresa negativa do ponto de vista de política monetária, o Ibovespa pode até eventualmente performar melhor. Em um cenário otimista dele, Ibovespa poderia aos 166 mil pontos e no cenário pessimista aos 117 mil pontos.

Guilherme Vianna – É um ponto que estudamos foi a comparação entre os países emergentes com a situação no Brasil, em relação às bolsas dos países emergentes. A nossa tese é de que a diminuição de juros deve levar a um fluxo de capital estrangeiro para os países emergentes e o Brasil está bem-posicionado em relação aos pares emergentes. Além da bolsa estar realmente barata, há expectativas de crescimento de lucro.

Inv.com – Com esse cenário, quais setores avaliam que podem ser favorecidos?

Ygor Araujo – Mas o que a gente vê historicamente, principalmente quando o fluxo de investidor estrangeiro, retoma para o Brasil, na primeira leva de fluxo, ele vem para as empresas de maior qualidade, as empresas de maior capitalização, as blue chips. É um movimento que realmente a gente observou no final do ano, em novembro e dezembro.

Nesse ciclo a gente tem observado isso justamente porque o investidor estrangeiro é quem está suportando o patamar que a bolsa se encontra hoje. Na contramão, a gente tem um investidor institucional, investidor local, sofrendo muitos resgates ao longo do ano, chegou ali no final de dezembro no nível mínimo de 2023. Então isso também ajuda a não ter tanta força para as empresas de menor capitalização performarem bem, mas a gente acha que isso pode se reverter ao longo de 2024.

Ainda existe espaço para as empresas de grande capitalização performarem bem, mas quem ficou para trás foram as small caps, então existe uma expectativa, como a gente observou nos últimos cinco ciclos de corte, que isso continue acontecendo, que elas apresentem um desempenho médio superior ao longo da continuidade desse ciclo de corte.

Além disso, olhando para setores, naturalmente, são setores que têm uma correlação negativa com os juros que acabam sendo beneficiados com esse cenário de expectativa de corte. Real Estate é um setor que performa muito bem e também tem muitas empresas de baixa capitalização. Então, pode ser um setor que tem um bom desempenho, embora já tenha performado bem desde setembro. Outro setor que vai bem e por mais contraintuitivo que pareça, os setores de materiais geralmente ainda vão bem, commodities de maneira geral, commodities metálicas acabam performando bem também. Então, que são empresas naturalmente, que operam com uma alavancagem alta, você tem um arrefecimento dos juros no mundo, o que acaba ajudando também. Além disso, o consumo seria o terceiro setor que vai muito bem também. Naturalmente, são setores que estão mais alavancados, consumo discricionário, bens de consumo básico, materiais, indústrias, são setores que têm uma alavancagem alta. Então quando ocorre a redução da Selic, o juro médio fica mais baixo na comparação do que no ano anterior.

Para o investidor estrangeiro, as empresas de qualidade estão espalhadas em óleo e gás e setor financeiro, que que sofreu com várias questões relacionadas à mudança de tributação, mudanças de regras de distribuição de proventos, tem também toda essa questão do rotativo do cartão de crédito. A gente vê hoje essas empresas do setor financeiro bem posicionadas em termos de geração de resultados, mas que o valuation, ainda que não condiz com o que a gente observou na média histórica.

Guilherme Vianna – Só explicando um pouco a tese por trás e que os nossos dados mostram é que basicamente nesse ciclo que a gente está esperando para 2024, a gente acredita que três tipos de empresas acabam sendo beneficiados, setores e as empresas são mais alavancadas, são os setores das empresas que o valuation ainda não acompanhou, os que estão descontados, além das empresas com mais qualidade, então são as empresas que geralmente que são negociados a valuations com um prêmio em relação aos seus pares.

Inv.com – Alguma outra classe de ativos pode ser impulsionada?

Araujo – O cenário pró-risco investidor ajuda a renda variável de maneira geral. Fundos imobiliários (FIIs), principalmente, têm uma correlação inversa maior com a Selic. É a classe que o investidor geralmente migra, em termos de conservadorismo, em termos de recebimento de renda. A gente já observou isso em outros ciclos de cortes, com o número de investidores pessoa física subindo. No último foi muito mais evidente, porque foi muito mais brusco, porque o juro chegou a 2%. A gente acha que a dinâmica é diferente agora, mas ela é positiva também. A Selic caindo abaixo dos dois dígitos, acho que vai haver uma migração mais voraz dos investidores querendo tomar risco. Hoje, tem fundos imobiliários que pagam rendimentos acima de um de 1% ao mês, então seriam bem competitivos nesse cenário.

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