Bruxelas, 9 mai (EFE).- O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou nesta quarta-feira que o acordo fiscal do continente não será renegociado, mas disse que será feito um "pacto político" pelo crescimento sem que as reformas estruturais sejam abandonadas.
Em um debate com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, num fórum organizado pela cadeia de televisão alemã "WDR", ambos os políticos rejeitaram a possibilidade que se reabrir o pacto fiscal quando o socialista François Hollande assumir a presidência da França em 15 de maio. O acordo fiscal foi assinado por 25 dos 27 membros da União Europeia (UE) e está em processo de ratificação.
Durão Barroso garantiu, no entanto, que haverá um pacto político entre os líderes da UE para promover o crescimento das economias europeias.
As medidas adotadas para isso não serão financiadas mediante um novo endividamento, nem à custa da inflação, mas por meio de diferentes itens do orçamento da UE, explicaram Schulz e Durão Barroso.
Os dois afirmaram também que os países europeus com maiores déficits devem continuar realizando reformas estruturais. Tanto o presidente da Comissão Europeia como do Parlamento Europeu se mostraram convencidos de que as instituições da UE sairão reforçadas da crise.
Durão Barroso ressaltou ainda que a Europa necessita de consolidação e investimento, e que é um erro apresentar a estabilidade e o crescimento como elementos opostos.
Por isso, o presidente da Comissão Europeia disse que ficou contente com a vitória de Hollande, pois agora há uma "maior consciência da necessidade de combinar consolidação com crescimento". EFE