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Construtoras devem repassar alta dos insumos para preços dos imóveis, diz CBIC

Publicado 18.03.2022, 18:34
© Reuters. Trabalhador em construção de prédio no Rio de Janeiro
27/11/2020
REUTERS/Pilar Olivares

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A próxima safra de lançamentos imobiliários no Brasil deve ter imóveis mais caros por conta da alta dos insumos e dos juros mais elevados, de acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

O tamanho do aumento dos preços vai depender em parte da dinâmica do mercado, mas o setor já vinha sendo impactado nos últimos meses por preços mais altos matérias-primas sem um repasse integral aos compradores.

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC), principal referência para o setor imobiliário no país, subiu 21,76% entre setembro de 2020 e o fim de 2021. No período, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Belém, o valor dos imóveis subiu abaixo desse patamar, entre 10% e 15% segundo a CBIC.

Segundo Martins, os efeitos inflacionários da guerra na Ucrânia devem aumentar ainda mais a pressão de custos no setor.

O PIB da construção civil avançou no ano passado 9,7% após amargar uma perda de 6,3% em 2020. Entre 2014 e 2021, o setor sofreu um retração acumulada de 26%.

De acordo com especialistas do setor, os imóveis da atual safra que ainda estão à venda têm preços mais acessíveis por que não embutem essa pressão de preços.

"É inevitável (aumento de preços). É impossível ter alguém que absorva um aumento de custo de 20%", disse Martins.

O presidente do Sinduscon-RJ, Claudio Hermolin, reforçou que se o setor não conseguir repassar toda a pressão de custos, o ritmo dos lançamentos pode ser reduzido.

"Ninguém vai lançar algo que não consiga trazer rentabilidade", disse ele Hermolin.

A alta de custos tende a afetar principalmente as famílias mais pobres, que comprometem boa parte da renda na compra do imóvel, disse Martins. Para tentar minimizar os efeitos econômicos sobre esse nicho, o setor da construção tem pedido ao governo federal novas medidas de apoio no âmbito do programa Casa Verde Amarela.

© Reuters. Trabalhador em construção de prédio no Rio de Janeiro
27/11/2020
REUTERS/Pilar Olivares

"Esse é o público que teve maior efeito do aumento de preços dos imóveis. Dados da Caixa Econômica mostram que 70% dos mutuários, quase todos do Verde Amarela, usam 100% por cento da capacidade da renda (para pagar prestações)", alertou Martins.

"Em setembro passado, o governo fez um reajuste nos valores de subsídios, para famílias mais pobres. Nessa semana, o conselho curador da Caixa adotou nova rodada de subsídios.

 

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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