Por Geoffrey Smith
Investing.com – As ações do Credit Suisse (BVMF:C1SU34) (SIX:CSGN) voltaram a recuar forte nesta quarta-feira, após o problemático banco suíço revelar que espera ter um prejuízo de cerca de US$ 1,6 bilhão no atual trimestre, devido ao êxodo de clientes de alta renda.
Clientes de elevado patrimônio líquido de todo o mundo retiraram 10% de todos os ativos sob gestão na importante divisão de gestão de patrimônio do banco desde o início de outubro, o que deve provocar uma forte queda na receita da unidade, com base na qual o CEO Ulrich Koerner pretende reconstruir a instituição.
O banco afirmou que as saídas de recursos haviam caído “consideravelmente” a partir das duas primeiras semanas de outubro, mas ainda não havia ocorrido uma “reversão”.
Sua divisão doméstica também registrou um volume moderado de resgates, em torno de 1% do patrimônio líquido, o que é pouco em comparação com os eventos mais graves na unidade de gestão de patrimônio, rememorando a crise financeira de 2008, quando os investidores temeram pela segurança dos seus ativos.
O banco comentou que foi forçado a recorrer às suas reservas de liquidez, fazendo-as ficar brevemente abaixo dos requisitos mínimos exigidos pelos órgãos reguladores. No entanto, ressaltou que suas taxas de cobertura de liquidez e de financiamento líquido estável – duas balizas importantes definidas pelos órgãos reguladores após 2008, no intuito de evitar a repetição do colapso do Lehman Brothers – foram mantidas a todo momento.
O Credit Suisse corroborou ainda sua projeção de índice de capital de nível 1, que mede sua capacidade de absorver quaisquer prejuízos operacionais. Isso ocorreu após a aprovação de um aumento de capital de 4 bilhões de francos suíços, anunciado em outubro.
Às 12h43 de Brasília, as ações do Credit Suisse registravam uma queda de 4,41% em Zurique.