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Credores cobram R$120 mi da Sinopec por obra em unidade de fertilizante da Petrobras

Publicado 14.12.2018, 19:20
© Reuters. Sede da Petrobras no Rio de Janeiro
PETR4
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - Um grupo de credores da chinesa Sinopec no Brasil, uma das construtoras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN3), quer o pagamento integral de dívidas de cerca de 120 milhões de reais pelas obras, informou nesta sexta-feira a assessoria de imprensa dos credores.

A dívida gerada pela construção em Mato Grosso do Sul, ainda hoje inacabada, foi cobrada na quinta-feira em reunião com representantes da Sinopec Petroleum do Brasil, em recuperação judicial.

A Petrobras (SA:PETR4) rescindiu o contrato com o Consórcio UFN3, formado pelas empresas Sinopec e Galvão Engenharia, em dezembro de 2014.

A estatal alegou que o consórcio, no qual a Sinopec detém 35 por cento de participação, descumpriu contrato para uma obra com valor estimado à época em 3,1 bilhões de reais.

As obras da UFN 3, em Três Lagoas (MS), estão paralisadas desde a rescisão do contrato com a Petrobras. Segundo comunicação da Sinopec ao Judiciário, aproximadamente 85% da obra está concluída.

"Como há relatos de abordagens individualizadas por parte da Sinopec, os empresários estão unidos e determinados em fazer valer as decisões tomadas nas reuniões preparatórias entre os credores, principalmente quanto a rechaçar conversas de forma separada com a empresa chinesa...", disse a assessoria dos credores em nota.

Segundo representantes dos credores, a Sinopec fez propostas "descabidas" aos credores, como quitar 15 por cento do crédito à vista ou 30 por cento a receber em dez anos.

Eles se queixaram, ainda, de que o lastro para o pagamento oferecido pela Sinopec seria "o valor advindo de duas ações promovidas em face da Petrobras, as quais podem ou não serem procedentes".

Na petição inicial para a recuperação judicial, a Sinopec afirma que possui duas demandas em juízo contra a Petrobras. Uma em que pede "reparação de prejuízos causados pelo encerramento prematuro do contrato firmado com o Consórcio UFN (cerca de 830 milhões de reais relativos ao valor devido para a Sinopec)" e outra cobrança de 44 milhões de reais, relativa ao contrato de interligação do terminal de regaseificação da Bahia (TRBA).

A empresa disse que, em caso de sucesso na Justiça, receberá quantia expressiva que poderá ser revertida tanto para reinvestimento em sua operação quanto para pagamento da totalidade dos créditos concursais.

PETROBRAS QUER VENDER

Ao final do ano passado, a Petrobras chegou anunciar o início da fase vinculante de um processo para a venda da UFN3.

Em maio deste ano, a estatal anunciou que estava em negociações do ativo com a russa Acron.

O processo de venda da unidade, contudo, foi interrompido após uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela qual a venda de ações de empresas públicas depende de autorização legislativa.

Ainda assim, a Petrobras reiterou nesta sexta-feira que a UFN3 está entre os ativos incluídos para desinvestimentos no novo plano de negócios da estatal, com o status "aguardando continuidade".

A Reuters contatou um funcionário da Sinopec no Brasil, mas não foi possível encontrar um representante para comentar os pedidos dos credores.

© Reuters. Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

No caso da Galvão, com 65 por cento do consórcio, a Justiça já determinou os valores a serem pagos, segundo a assessoria dos credores.

(Por Roberto Samora)

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