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De recessão a estímulos: 5 eventos que deixaram os mercados voláteis na semana

Publicado 16.08.2019, 18:30
© Reuters.
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Investing.com - O Ibovespa retornou abaixo dos 100 mil pontos nesta semana, acumulando uma queda de 4,02% no período marcado por fortes turbulências internacionais. Foram apenas duas sessões com fechamento positivo, uma delas nesta sexta-feira, com alta de 0,76% a 99.805,78 pontos.

O principal índice acionário brasileiro oscilou de acordo com os humores dos investidores com a guerra comercial entre EUA e China, o risco de recessão global após divulgação de dados econômicos ruins na China e na Europa e o colapso do preço dos ativos argentinos após vitória da oposição nas eleições primárias para a Presidência do país.

No plano interno, houve a predominância de notícias positivas, mas insuficientes para contrapor a mudança de avaliação de risco influenciada por eventos externos. A temporada de balanço do segundo trimestre das companhias brasileiras encerrou nesta semana com um lucro líquido somado de R$ 71,5 bilhões das 306 empresas listadas em Bolsa, alta de 73,4% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados compilados dos balanços realizado pela Economatica.

Em Brasília, as polêmicas criadas e envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e parte de sua equipe ministerial não atrapalharam o avanço de pautas econômicas no Congresso Nacional. O governo conseguiu uma vitória com a aprovação no plenário da Câmara dos Deputados da Medida Provisória (MP) de Liberdade Econômica, que visa desburocratizar e facilitar o ambiente de negócios no Brasil.

No Congresso, o Senado definiu o cronograma para a votação da Reforma da Previdência no plenário da Casa: 24 de setembro e 10 de outubro. Além disso, vai ganhando forma as discussões sobre as reformas tributária e administrativa nas duas Casas.

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Confira abaixo o resumo dos principais acontecimentos internacionais que provocaram volatilidade nos mercados internacionais.

1) Guerra comercial sino-americana

Não há como avaliar se o saldo foi positivo ou negativo com o desenrolar da disputa entre as duas maiores economias do mundo nesta semana. Houve eventos que sinalizaram avanços , enquanto outros apontaram retrocessos para a formação do preço de risco.

Entre os possíveis avanços, a suspensão da implementação das tarifas sobre US$ 300 bilhões de produtos chineses ainda não taxados pelo presidente dos EUA na terça-feira. De acordo com Trump, o adiamento da elevação das alíquotas de importação de setembro para dezembro, restringido basicamente a produtos eletrônicos, foi "para salvar o Natal dos americanos", não uma concessão aos chineses.

Na quinta-feira, Trump diminuiu relativamente as preocupações com a guerra tarifária entre as duas maiores economias mundiais ao afirmar que acredita que a China deseja fechar um acordo comercial e que a guerra tarifária com Pequim será relativamente curta.

Entre os sinais de retrocesso, a ameaça chinesa de retaliar as medidas protecionistas dos EUA. Além disso, a autoridade monetária chinesa fixou o preço-alvo do iuan em relação ao dólar em 7 por cada unidade da moeda americana.

2) Indicadores econômicos ruins na China e na Europa

Dados preocupantes de China e Alemanha divulgados na quarta-feira aumentaram a percepção de que a economia global não está apenas sob uma desaceleração econômica: agora o risco é de recessão no horizonte.

Na China, o crescimento da produção industrial atingiu a mínima de 17 anos em julho, mais um sinal de que o conflito comercial entre Pequim e Washington está afetando a segunda maior economia do mundo. Também houve diminuição da confiança dos consumidores e dos negócios da China, com o esfriamento das vendas no varejo mais do que o esperado, enquanto o crescimento mais lento do que o previsto no investimento em ativos fixos revelou uma perda acentuada de ímpeto.

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Na Alemanha, a queda nas exportações levou a economia a um retrocesso no segundo trimestre. A queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) levou alguns analistas a especular que a economia número um da zona do euro poderia entrar em recessão no terceiro trimestre, à medida que os conflitos tarifários e a incerteza sobre a saída do Reino Unido da União Europeia atinjam o setor industrial do país.

A falta de dinamismo da economia alemã desacelerou a economia da zona do euro no mesmo período. A zona monetária diminuiu o crescimento de 0,9% no primeiro trimestre para 0,4% no segundo.

3) Inversão da curva de juros dos títulos públicos dos EUA de 2 e 10 anos

Spread entre os títulos de 2 e 10 anos dos EUA foi a terreno negativo na quarta-feira. Após a inversão da curva de juros entre os títulos de 3 meses e o de 10 anos em março, foi a vez do rendimento dos títulos de 10 anos ficar abaixo ao de 2. Essa inversão sempre antecedeu todas recessões norte-americanas. A última vez que aconteceu foi em 2007.

Na sexta-feira, os títulos de 10 anos voltaram a ficar acima dos de 2 anos, com minimização da guerra comercial entre EUA e China após declarações de Trump (ver item 1) e o anúncio de estímulos econômicos para reverter o quadro de desaceleração econômica (ver item 4).

4) Estímulos econômicos na China e Alemanha

Os governos da China e da Alemanha estão se preparando para reverter o ânimo de suas economias a partir de injeção de estímulos, com um instrumento diferente com o que foi realizado desde o fim de julho por outros países. Os dois romperam ou vão romper com utilização somente da política monetária - com queda da taxa de juros e sinalizações de implantação de programa de compra de ativos - para reverter o quadro negativo e prometeram a usar a política fiscal.

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O governo chinês anunciou, por meio da agência de planejamento estatal na sexta-feira, a preparação de um plano para aumentar a renda disponível neste ano e em 2020, buscando alimentar o consumo no momento em que a economia desacelera. O plano incluirá reforma do sistema Hukou --um programa de registro familiar que serve como passaporte doméstico e regula a imigração rural para as cidades--, entre outras medidas, sem revelar muitos detalhes.

Já o governo da Alemanha estuda a adoção de estímulos fiscais. A imprensa local afirma que está em estudo aumento de gastos para evitar a recessão, deixando de lado a política fiscal de equilíbrio que é a marca registrada do país. Especula-se que o governo da primeira-ministra Angela Merkel se prepara para um déficit amplo para reverter à adversidade econômica.

5) Derrota de Macri para a oposição intervencionista e protecionista na Argentina

A vitória com ampla margem do opositor Alberto Fernández, no domingo, sobre o atual presidente e candidato à reeleição Maurício Macri colocou a Argentina sob a perspectiva de um retorno a um passado caótico na ótica dos investidores. O fato político provocou, na segunda-feira, uma forte desvalorização dos ativos argentinos, inclusive sua moeda nacional em relação ao dólar.

Um dos temores do mercado com Fernández é a presença da ex-presidente Cristina Kirchner em sua chapa presidencial. A plataforma econômica de Kirchner durante seus mandatos entre 2007 a 2015 foi a oposta de Macri.

Enquanto o atual presidente foi eleito com promessa de abertura econômica e menor participação do Estado na economia - parcialmente cumprida -, Kirchner promoveu intervencionismo, estatizações, subsídios e impostos sobre exportações agrícolas, prejudicando o orçamento público e desestimulando investimentos no agronegócio, um dos setores mais dinâmicos da economia do país. A consequência econômica de Kirchner foi, segundo investidores, a fragilidade atual das contas externa e fiscal da Argentina e uma inflação elevada e consistente.

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Além disso, o discurso de vitória de Fernández foi direcionado contra o sistema bancário, além da promessa de renegociar o pacote de "reserva" de US$ 57 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) - cujo uso ocorre apenas em situações de emergência cambial. Fernández também defendeu a pequena e média empresa, assim como prometeu aumento no valor das pensões e promoção do estado de bem-estar. Mesmo assim, houve movimentos de conciliação, afirmando que "não fará nenhuma loucura".

Últimos comentários

Perde dinheiro aí fica com essa de bolha . Isso é para quem sabe , fica fora meninão. Vou chorar minha mudança de vida para melhor , acho que a bolha vai me levar o que não tinha e ganhei .
China e Alemanha tratando de salvar suas bolsas; que assim seja!
a bolha uma hora estoura
Investidor pé de chinelo só fica do lado de fora vendo os outros ganhar dinheiro. Que assim continue!
oq está acontecendo c o BIDI11F ?
a bolha uma hora estoura
subiu 600%, cai 20% E vc acha algo anormal?
Realização de lucro amigo. Normal. Não entrei na hora certa, tb não entrei quando ja era claro que muita gente iria vendeur para por seus ganhos no bolso. Dois amigos meus venderam agora e estão felizes. Vão esperar cair para comprar novamente. O mercado funciona assim.
Síntese acurada
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