Por Diane Bartz e David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - A AT&T saiu vitoriosa nesta terça-feira, derrotando as extensas tentativas do governo norte-americano de impedir sua compra da Time Warner por 85,4 bilhões de dólares, e o Departamento de Justiça dos EUA disse que não vai recorrer à decisão de um tribunal de apelação que aprovou o acordo.
A compra estava sendo acompanhada de perto em círculos políticos após ser criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se opunha à aquisição por acreditar que ela ajudaria a CNN, unidade da Time Warner, que ele tem acusado de transmitir notícias falsas.
O painel de três juízes da Corte de Apelação do Distrito de Columbia decidiu por unanimidade a favor do acordo, dizendo que o argumento do governo de que a fusão resultaria em preços mais elevados para o consumidor não é convincente. A decisão colocou fim ao esforço de 15 meses do Departamento de Justiça para bloquear o acordo.
Essa foi a segunda grande vitória da AT&T contra o Departamento de Justiça, abrindo caminho para a operadora de telefonia móvel integrar seus negócios da WarnerMedia, assim como sua nova unidade de publicidade Xandr.
"Estamos gratos de que a Corte de Apelação tenha considerado nossas objeções à opinião da Corte Distrital. O departamento não tem planos de buscar revisões adicionais", disse o porta-voz do Departamento de Justiça, Jeremy Edwards, em comunicado.
O acordo é visto como momento decisivo para uma indústria midiática que tem sido revirada por companhias como a Netflix (NASDAQ:NFLX) e o Google (NASDAQ:GOOGL), que disponibilizam conteúdo online sem a necessidade de uma assinatura de TV a cabo.
A fusão, anunciada em outubro de 2016, foi fechada em 14 de junho de 2018, pouco depois que o juiz norte-americano Richard Leon decidiu que o acordo era legal sob a lei antitruste.