📖 Guia da Temporada de Balanços: Saiba as melhores ações escolhidas por IA e lucre no pós-balançoLeia mais

Dólar sobe com taxação de dividendos e estresse político

Publicado 25.06.2021, 14:51
© Reuters.  Dólar sobe com taxação de dividendos e estresse político
USD/BRL
-
IBOV
-

A proposta de taxação de dividendos e os temores com os desdobramentos políticos do depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, servidor do Ministério da Saúde, na CPI da Covid-19, empurraram o dólar para cima nesta sexta-feira, 25. A avaliação é que a tributação pode abalar o apetite de estrangeiros por ativos domésticos, prejudicando o real. Não à toa o Ibovespa se descolou do tom positivo das bolsas americanas e amargou queda de mais de 1,5%.

Depois de correr até a máxima de R$ 4,9742, o dólar à vista fechou cotado a R$ 4,9377, em alta de 0,67%, interrompendo uma sequência de quatro pregões de queda. Apesar do avanço nesta sexta-feira, o dólar ainda cai 5,5% em junho e quase 5% no acumulado do ano.

Para a economista Fernanda Consorte, do Banco Ourinvest, o mercado estava em uma "onda muito otimista" com o real, por conta da melhora das estimativas de crescimento e da expectativa de novas altas da taxa Selic, ratificada ontem pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central.

"Não vejo justificativa para dólar abaixo de R$ 5, porque não se vê um fluxo tão forte de recursos para o Brasil. Era natural que qualquer notícia desagradável provocasse uma realização de lucros mais forte", diz Fernanda, ressaltando que a CPI da Covid-19 traz uma antecipação do calendário eleitoral, o que tende a acentuar a volatilidade no câmbio.

A economista ressalta que, apesar da perspectiva de manutenção de liquidez elevada no mundo, o Brasil não deve ser o destino preferencial do capital estrangeiro, muito por conta da turbulência política. "É claro que vai vir algum dinheiro para cá, mas nada que possa pôr o dólar pra baixo definitivamente", diz Fernanda, que admite estar na contramão da maioria do mercado, que vê um fortalecimento do real.

Pela manhã, o dólar chegou a romper o piso de R$ 4,90 ao descer até mínima de R$ 4,8937, acompanhando a tendência global de perda em relação a dividas emergentes, após dados da economia americana e declarações do Federal Reserve diminuírem temores de uma alta prematura dos juros nos Estados Unidos.

Em relatório, a Genial Investimentos afirma que os fundamentos apontam para um dólar na casa de R$ 4,10 e que a "depreciação corrente" do real está associada aos riscos domésticos "fiscal e político".

Para o economista-chefe da Integral Investimentos, Daniel Miraglia, a tendência para o dólar daqui para a frente depende do comportamento das taxas de juros aqui e no exterior e da concretização das estimativas de crescimento do PIB, de cerca de 5% neste ano. "Precisamos ver também o quanto o mercado pode antecipar a discussão da eleição de 2022 e de todos os ruídos políticos envolvidos", afirma.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.