Investing.com - A jornada desta terça-feira é mais uma vez negativa para as ações da Eletobras, que registram perdas de 1,76% a R$ 34,09, depois de encerrar o pregão da véspera com queda de 3,80%. O mercado começa a ver com maior pessimismo a possibilidade de venda, ou capitalização, da estatal ainda neste ano.
Hoje é um dia importante para o assunto, uma vez que está na pauta da Câmara dos Deputados a votação da medida provisória que cria novas regras para a privatização de distribuidoras de energia sob a gestão da estatal. Sua aprovação é considerada fundamental para que o processo de venda da Eletrobras (SA:ELET3) tenha seguimento.
Uma das possibilidades, que tornaria o negócio mais atrativo, seria realizar a operação em separado de subsidiárias da companhia, como Furnas e Eletrosul, com maior potencial de atração de investidores como de gigantes chinesas e da francesa Engie.
O plano original para a desestatização da elétrica envolve a emissão de novas ações da Eletrobras, reduzindo a fatia da União na empresa para uma posição minoritária, mas autoridades já admitiram que há conversas internas no governo sobre outros desenhos para a transação.
Uma das opções sobre a mesa envolveria repassar subsidiárias da estatal para a holding de participações da Eletrobras, a Eletropar, que poderia então conduzir vendas ou processo de capitalização dos ativos, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
Um modelo diferente ainda poderia atrair investidores como a própria Engie para o negócio, admitiu Bahr, lembrando que a empresa, então ainda sob o nome Tractebel (SA:EGIE3), venceu o leilão de privatização pela Eletrobras de sua controlada Gerasul, em 1998.