por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Os resultados operacionais da Eletrobras (SA:ELET6) no quarto trimestre de 2021 ficaram acima do esperado pelo Goldman Sachs (NYSE:GS). Em relatório divulgado, o banco comenta o Ebitda da companhia e a redução das despesas recorrentes em meio à alta inflacionária, porém destaca que o fator fundamental para mexer com as ações da Eletrobras é o processo de capitalização.
Às 16h48, os ativos da Eletrobras recuavam 1,43%, a R$ 34,50.
O Ebitda recorrente da Eletrobras no 4T21 ficou em R$ 3,912 bilhões, acima do que o Goldman Sachs estimava. O resultado foi impulsionado pelo segmento de geração, principalmente devido à receita de R$ 1,459 bilhões com vendas de energia de curto prazo, que subiram 202% em relação ao 4T20, segundo o banco.
O trimestre também foi marcado pelas altas nas provisões, que somaram R$ 3,5 bilhões, com R$ 803 milhões relacionados à disputa do empréstimo compulsório. Além disso, os maiores custos de compra de energia, que chegaram a R$ 1,348 bilhões, ofuscaram o fato de que as despesas recorrentes caíram 14% na comparação anual, mesmo diante da alta da inflação, segundo o banco.
O Goldman Sachs destaca que a possível capitalização da Eletrobras deve ser o principal guia para as ações da companhia. O TCU já aprovou a primeira etapa do modelo de capitalização proposto pelo governo, mas ainda é preciso aguardar pela decisão final sobre a modelagem da privatização, incluindo a estrutura da oferta e o valuation da companhia.
A ideia é que isso aconteça ainda neste primeiro semestre de 2022, o que significa que o balanço do 4T21 deve ser um dos últimos antes do aumento de capital da Eletrobras, segundo o Goldman Sachs. Para o banco, isso representa um passo importante para a companhia e pode desencadear uma redução do seu risco caso o processo de capitalização siga a diante.
O Goldman Sachs recomenda compra das ações da Eletrobras, com preço-alvo de R$ 53.