Por Marcelo Rochabrun
SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer (SA:EMBR3) está se preparando para um 2021 "bastante desafiador", com uma nova onda de infecções por coronavírus nos Estados Unidos e na Europa, que devem atrasar a potencial recuperação das viagens, disse o presidente-executivo da fabricante de aviões, Francisco Gomes Neto, nesta terça-feira.
A companhia divulgou nesta terça-feira um prejuízo de 121 milhões de dólares no terceiro trimestre, uma vez que a pandemia de coronavírus restringiu as viagens ao redor do mundo, atingindo a demanda por jatos comerciais e aviões particulares.
Às 11:13, as ações da empresa caíam 4,99%, a 7,04 reais, pior desempenho do Ibovespa, que subia 0,8%
Mas a Embraer disse nesta manhã que já entregou mais aviões em outubro do que em todo o terceiro trimestre, um sinal promissor, mas que pode ser minado se a segunda onda da pandemia não for controlada agora.
A receita de jatos comerciais foi a mais atingida, caindo de 408 milhões de dólares um ano atrás para 177 milhões de dólares, uma vez que a pandemia devastou as viagens comerciais.
Mas a divisão de jatos executivos, que alguns analistas acreditam ser um ponto positivo, já que os pessoas muito ricas gastariam para viajar isolados, também caiu significativamente. A receita de jatos executivos ficou em 212 milhões de reais, de 363 milhões de dólares um ano atrás.
Sua divisão de defesa, no entanto, conseguiu aumentar sua receita com entregas maiores de aviões militares. Ainda assim, a divisão de defesa da Embraer continua sendo um segmento de negócios menor do que a fabricação de aviões civis.
A empresa teve consumo de caixa de 567 milhões de dólares durante o trimestre.