😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Empresa responsável por subestação no AP terá até março para divulgar relatórios

Publicado 07.12.2020, 19:28
Atualizado 07.12.2020, 22:40
© Reuters.  Empresa responsável por subestação no AP terá até março para divulgar relatórios

A Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) terá até março do próximo ano para apresentar os resultados de análises técnicas para determinação da causa de falhas que levaram a um apagão no Amapá. O blecaute atingiu 14 dos 16 municípios do Estado, que ficaram sem energia elétrica por quase quatros dias seguidos de um racionamento que durou semanas.

O prazo para apresentação dos documentos está previsto no relatório de análise de perturbação divulgado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) nesta segunda-feira, 7.

De acordo com relatório, em 3 de novembro, um curto-circuito danificou um dos transformadores da subestação Macapá, que pegou fogo. Na sequência, ocorreu o desligamento automático de um segundo equipamento, "causado por sobrecarga", deixando o Estado no escuro. Já terceiro equipamento, que serve como "backup" para evitar apagões, estava em manutenção desde dezembro de 2019.

Assim como está no relatório, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, afirmou que a queda de energia teve início com um curto-circuito, que pode ter sido causado por um "defeito estrutural". "O curto circuito que gerou a explosão pode ter sido causado por efeito estrutural ou resultado da falha do isolamento da subestação", afirmou em coletiva de imprensa no Ministério de Minas e Energia.

Segundo ele, a subestação Macapá só precisa de dois transformadores para suprimento do consumo de energia dos municípios atendidos, e reconheceu que o ONS tinha conhecimento de que um equipamento estava danificado. "Nesse evento perdemos dois transformadores. Mesmo com outro transformador se o evento tivesse ocorrido como ocorreu, e aí temos vários 'se', ainda ficaríamos com um transformador e isso aguentaria 60%, 70% da carga", disse.

Ciocchi classificou o apagão no Amapá como de "baixíssima probabilidade. "Como já foi classificado: intolerável e inadmissível. Portanto, já adianto que o ONS, juntamente com o ME Ministério de Minas e Energia, e com a Aneel Agência Nacional de Energia Elétrica está elaborando um processo de comunicação mais ágil para que as situações próximas a esse limite sejam detectadas com maior intensidade", afirmou o diretor-geral da ONS.

O relatório elaborado pelo ONS se restringe aos detalhes técnicos da ocorrência no Amapá e não apresenta culpados pelo apagão.O documento traz uma série de determinações com prazos a serem cumpridos. Já a punição dos responsáveis cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O processo de apuração é longo e deve levar de seis meses a um ano.

A LMTE terá direito à ampla defesa no processo. A linha pertence à Gemini Energy, empresa que pertence aos fundos de investimento Starboard e Perfin, com 85,04% de participação, e à Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), autarquia do governo federal, com 14,96%.

"Nós não estamos procurando os culpados, mas existem responsáveis. No setor elétrico, a concessionária, o agente, ele é sempre responsável por toda administração de todo aquele ativo que ele tem sobre sua responsabilidade. Portanto, a LMTE tem a responsabilidade e já foi até penalizada pela indisponibilidade daquele transformador", afirmou o diretor-geral do ONS.

Em nota à imprensa, a LMTE informou que a investigação sobre as causas do apagão "segue em curso". "Qualquer apontamento sobre o que ocasionou a explosão do equipamento, antes que a investigação seja finalizada, é especulativo e não deve ser levado em consideração", diz a nota.

A empresa também afirma que a retirada do transformador para manutenção foi previamente documento ao Operador Nacional do Sistema e que implementou todas as recomendações feitas pelo Gabinete de Crise instalado por conta do apagão.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.