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Agência de mineração diz que empresas devem manter alerta em barragens até 6ª-feira

Publicado 27.01.2020, 12:58
© Reuters. .

SÃO PAULO (Reuters) - Empresas que possuam barragens de mineração devem continuar em estado de alerta até a próxima sexta-feira devido à previsão de fortes chuvas nos próximos dias nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás, afirmou nesta segunda-feira a Agência Nacional de Mineração (ANM).

A agência reguladora da indústria de mineração havia pedido monitoramento diário às empresas do setor na quinta-feira passada, quando já projetava intensas precipitações nos quatro Estados. Em Minas Gerais, as chuvas já deixaram 45 mortos e 18 desaparecidos nos últimos dias, segundo boletim da Defesa Civil.

As chuvas também causaram uma erosão na parte interna do reservatório da barragem Sul Inferior, da mina Gongo Soco, operada pela Vale (SA:VALE3) em Barão de Cocais (MG).

A empresa informou na noite de sábado que a estrutura "se mantém estável", e que acionou o chamado "nível 2" do Plano de Ação de Emergência do empreendimento.

Os planos de ação preveem três níveis, sendo que o terceiro e mais alto é acionado quando uma barragem está sob risco de ruptura iminente ou com rompimento já ocorrendo.

Agora, a ANM pediu que as equipes de segurança de barragens mantenham o monitoramento diário das condições das estruturas durante a semana, em especial quanto a seu estado de conservação.

A ANM também solicitou atenção especial às tomadas d' água de vertedouros de barragens, "para garantir a capacidade vertente de acordo com o projeto".

Chuvas de maior intensidade devem ocorrer na região centro norte de Goiás, regiões litorâneas do Espírito Santo, região centro-sul de Minas Gerais e região serrana do Rio de Janeiro, acrescentou a agência, citando dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Além do aumento do nível de alerta na barragem da mina Gongo Soco, as precipitações em Minas Gerais levaram ao transbordamento do reservatório de uma pequena hidrelétrica da Omega Geração em Monjolos (MG). A empresa disse que desativou a usina para reparos, após constatar "pequenas avarias" na barragem.

A tensão com as chuvas e as preocupações com barragens vêm um ano após o desastre gerado pelo rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro do ano passado, que deixou mais de 255 mortos.

O Ministério Público de Minas Gerais apresentou na semana denúncia contra a Vale, a certificadora alemã TÜV SÜD e 16 pessoas por crimes relacionados ao rompimento da barragem em Brumadinho, incluindo acusação de homicídio doloso duplamente qualificado contra o ex-presidente da mineradora, Fabio Schvartsman.

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Já o Ministério Público Federal aguarda a conclusão de uma perícia para avançar em suas investigações e apresentar uma denúncia pelo desastre.

(Por Luciano Costa, edição Alberto Alerigi Jr. E Marta Nogueira)

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