😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Estoques de carnes no varejo dos EUA dariam somente para mais 15 dias, diz CFO da JBS

Publicado 28.04.2020, 15:47
© Reuters. Guilherme Cavalcanti, CFO da JBS
JBSS3
-

Por Nayara Figueiredo

(Reuters) - Os estoques norte-americanos de carnes têm capacidade para atender a demanda do varejo nos Estados Unidos somente por mais 15 dias, em meio aos fechamentos de frigoríficos por causa do coronavírus, disse o CFO da JBS (SA:JBSS3), Guilherme Cavalcanti, o que levou o governo Trump a planejar uma medida para manter o funcionamento das unidades.

O presidente dos EUA, Donald Trump, deve assinar um decreto ainda nesta terça-feira, tendo como base o Ato de Defesa da Produção, para exigir que as plantas continuem em operação, garantindo a oferta de alimentos no país, afirmou uma autoridade sênior do governo.

Durante participação em webinar, o CFO citou a medida do presidente americano. "Veio uma ordem de cima porque ordens locais às vezes são conflitantes", avaliou.

Cavalcanti ressaltou que a própria JBS teve duas unidades de bovinos nos EUA que suspenderam atividades, depois que funcionários testaram positivo para o vírus, e já retornaram as operações.

Segundo ele, uma planta de bovinos e uma de suínos ainda seguem fechadas.

Além disso, ele lembrou que concorrentes como Tyson Foods e Smithfield também anunciaram fechamentos, o que comprometeu a oferta da proteína no país.

"Temos capacidade ociosa nas plantas do Brasil para exportar carne para os EUA se necessário. Temos capacidade na Austrália para exportar aos EUA se necessário", disse.

A diversificação geográfica da JBS é uma vantagem competitiva para a empresa em momentos de crise, seja na questão sanitária ou financeira, afirmou. "Isso traz uma estabilidade maior para nossas margens."

Segundo Cavalcanti, somente no Brasil, a companhia conta com 37 unidades na área de bovinos, sendo assim, se houver foco da doença em uma planta, isso não compromete significativamente a capacidade de produção de carnes da empresa.

Na última semana, um surto da Covid-19 atingiu cerca de 20 empregados de uma unidade de aves da JBS em Passo Fundo (RS), segundo o Ministério Público do Trabalho, marcando a primeira disseminação em grande escala do vírus em um frigorífico no Brasil.

O fato da empresa atuar na produção das três principais proteínas de origem animal --aves, suínos e bovinos-- também é visto pelo CFO como um fator que eleva a competitividade da empresa em meio à crise do coronavírus.

"Se o mundo enfrentar uma recessão econômica por causa do coronavírus, o consumidor pode optar por carnes mais baratas e poderemos atendê-lo. No nosso caso, um setor tende a completar o outro."

PLANOS

Cavalcanti ressaltou que a crise do coronavírus chegou no melhor momento financeiro da companhia, o que limita os danos de uma recessão econômica para a empresa.

"A empresa abriu muito limite de crédito com os bancos (anteriormente) e agora eu estou aproveitando para tomar esses recursos quando houver necessidade sem comprometer a alavancagem", disse.

Desta forma, o plano de abertura de capital nos Estados Unidos, principal movimentação da companhia nos últimos tempos, está mantido, mesmo em meio ao cenário de crise da Covid-19.

"Temos muito valor pra destravar com a listagem nos EUA. O plano de abertura de capital continua o mesmo, somente a velocidade do projeto foi reduzida porque não podemos sequer viajar para os EUA."

Uma estratégia da companhia que foi suspensa temporariamente é a de aquisições. "A gente vinha em um momento de expansão, mas agora o objetivo é manter a produtividade, é manter as plantas operando, os empregos. Aquisição, não vamos olhar agora", disse.

© Reuters. Guilherme Cavalcanti, CFO da JBS

Segundo ele, quando houver uma clareza maior no cenário, a companhia poderá fazer "um exercício de alocação de capital" e voltar com este tipo de estratégia de expansão.

A diretora de Relações com Investidores da JBS, Christiane Assis, acrescentou que a expectativa é de que as exportações vão continuar fortes nos próximos meses, puxadas pela China.

"A peste suína africana elevou muito o nível das exportações e isto deve permanecer", destacou.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.