Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

EXCLUSIVO-Netanyahu defendeu ao Brasil que compra rápida de vacina da Pfizer ajudou Israel a conter Covid

Publicado 23.06.2021, 11:20
Atualizado 23.06.2021, 12:40
© Reuters. 06/06/2021
REUTERS/Ronen Zvulun

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O então primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu em março, em conversa com o chefe da diplomacia brasileira na época, Ernesto Araújo, que a compra rápida da vacina da Pfizer (NYSE:PFE) contra a Covid-19, mesmo diante das críticas devido ao preço do imunizante, foi fundamental para controlar a pandemia no país e possibilitar a reabertura da economia israelense.

Segundo telegramas diplomáticos enviados pelo embaixador do Brasil em Tel Aviv, general Gerson Menandro Garcia de Freitas, ao Itamaraty, Netanyahu justificou a compra antecipada dos imunizantes a Araújo com o argumento de que o preço pago garantiu o início rápido da vacinação em massa em Israel.

A postura de Netanyahu --um aliado do presidente Jair Bolsonaro que deixou o comando de Israel neste mês após 12 anos no poder-- contrasta com a demora do governo brasileiro em agilizar a compra do imunizante da Pfizer. A negociação pela vacina e Araújo são investigados pela CPI da Covid no Senado.

PREÇO COMPENSOU

O relato da conversa do então primeiro-ministro israelense e do chanceler brasileiro, ocorrida em 7 de março, foi feita pelo embaixador brasileiro uma correspondência ao Itamaraty um dia depois. A mensagem foi encaminhada à CPI da Covid e obtida pela Reuters.

"Netanyahu... comentou que inicialmente houve muitas críticas às compras --lideradas por ele próprio-- das vacinas da empresa Pfizer. As críticas se concentraram no preço pago pelas milhões de doses, que, segundo o mandatário israelense, não excedia significativamente os valores praticados no mercado", diz o texto de um telegrama.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

"Para Netanyahu, o preço compensou por garantir que as vacinas chegassem a Israel assim que aprovadas para uso em massa. Sair à frente na corrida por vacinas foi fundamental para que hoje a pandemia esteja praticamente controlada em Israel e a economia possa ser reaberta, antecipando a retomada do desenvolvimento econômico", destacou o relato do embaixador.

Netanyahu revelou na conversa que a Pfizer planejava construir uma planta de produção de vacina em Israel. "Caso a ideia se concretize, o Brasil também poderia se beneficiar da produção de vacinas em solo israelense", disse ele, segundo relato do embaixador.

LIDERANÇA

Em outro telegrama, de 15 de março, Garcia de Freitas deu mais detalhes ao Itamaraty sobre o contrato do governo israelense com o laboratório Pfizer para a compra de vacinas contra Covid.

Nessa correspondência, o embaixador destacou que, inicialmente, o próprio Netanyahu "liderou as tratativas preliminares, ao realizar contato com a direção da empresa Pfizer no começo da pandemia (antes mesmo da escalada global da pandemia)". 

"O governo de Israel pagou preço majorado pelas vacinas, a fim de assegurar prioridade no recebimento das doses, cujo primeiro carregamento foi entregue neste país em 9 de dezembro de 2020", disse Garcia de Freitas no telegrama. Israel começou a imunizar antes da virada do ano.

Apesar de Israel ser citado como um exemplo por Bolsonaro em diversas ocasiões para assuntos variados, na questão das vacinas, o governo brasileiro não acelerou tratativas com a Pfizer, mesmo tendo o laboratório oferecido desde meados do ano passado a possibilidade de um acordo com o país de fornecimento também em dezembro de vacinas.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Uma das alegações do governo para o Brasil travar as negociações foi de que haveriam cláusulas "leoninas" que seriam prejudiciais ao país. Representantes da Pfizer, no entanto, já afirmaram que as mesmas cláusulas foram apresentadas a dezenas de outros países.

No mês passado, a Reuters revelou que a gestão do então ministro da Saúde Eduardo Pazuello preteriu as negociações com a Pfizer para a compra de vacinas por acreditar que o país não precisaria de mais imunizantes além dos acordos para produção nacional das vacinas Oxford-AstraZeneca e CoronaVac. Fontes relataram à Reuters que as cláusulas seriam superáveis.

Apenas no final das negociações Pazuello e Bolsonaro se envolveram com os executivos da Pfizer. O Ministério da Saúde só assinou formalmente um acordo para a compra de 100 milhões de doses da vacina com a Pfizer em 15 de março e as primeiras doses começaram a ser aplicadas no início de maio.

Procurada por e-mail para comentar o teor dos telegramas, a Embaixada de Israel no Brasil não respondeu de imediato.

Últimos comentários

Lamentável matéria
Aqui na UE, a compra da vacina da Pfizer somente foi autorizada em 11 de janeiro de 2021.
E? A notícia é sobre Israel. Toc Toc Toc. tem alguém aí?
Nem precisa de CPI.
Esses estagiários escrevem muito mal. Com certeza têm viés de esquerda para uma redação tão ruim.
Netanyahu comunista!!!
Enquanto isso, por aqui o desgoverno negou mais de 20 vezes a compra da Pfizer para poder superfaturar a vacina indiana em 10x. As mortes, isso deixa para depois, o que vale é manter a roubalheira e os votos.
Ihh. Netanyahu virou "esquerdista" ?
tu é um #soldadinhoKlorokina. até tu netanyahu? abandonou o #d0id0dob0z0.
Essa é a diferença entre um governo que trabalha enquanto está no mandato, e outro que assume o mandato mas continua em campanha só se preocupando com a reeleição como sua principal prioridade.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.