Por Gabriel Codas
Investing.com - No início da tarde desta segunda-feira na bolsa paulista, as ações da Eztec (SA:EZTC3) operam com forte valorização, contrapondo-se à queda do Ibovespa hoje. Na última sexta-feira, depois do fechamento dos mercados, a construtora informou que teve no primeiro trimestre de 2020 vendas líquidas de R$ 455,2 milhões - decompostas entre R$474,5 milhões em vendas brutas e R$19,2 milhões em distratos.
Assim, por volta das 12h55, os papéis somavam 6,19% a R$ 31,56, próximo da máxima de R$ 31,60. O Ibovespa operava em baixa de 0,76% a 78.390 pontos.
De acordo com a companhia, o resultado implica em aumento de 50% em relação às vendas líquidas do 1T19, impulsionado pelo lançamento mais significativo do ano, o Air Brooklin Residences. Por sua vez, o EZ Parque da Cidade seguiu contribuindo de forma expressiva, com mais de R$ 50 milhões vendidos no trimestre, aproveitando o momentum comercial que vinha imprimindo desde outubro de 2019.
Outros projetos lançados em trimestres passados que seguem apresentando fôlego de vendas - capturadas nas linhas Stand ou Em Obras - são o Reserva JB (com mais de R$ 40 milhões), o Haute Ibirapuera (com contribuição próxima de R$ 25 milhões) e o Le Jardin Ibirapuera (com mais de R$ 10 milhões).
No estoque pronto, a Eztec explica que a leve retração das vendas reflete a exaustão do estoque pronto ainda disponível para venda. Mas também, já reflete a interrupção do ritmo de vendas a partir da segunda quinzena de março, quando os plantões de vendas tiveram de ter suas atividades suspensas.
Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), a companhia apresentou resultados muito fortes (a proporção de vendas sobre os estoques foi a mais forte do setor), com boas impressões em todas as frentes (lançamentos, vendas líquidas e cancelamentos foram sólidos). Os analistas reconhcecem que o cenário é muito incerto agora (o que fez a EZTec suspender suas diretrizes de lançamentos para o ano), mas acreditam que a empresa está muito preparada para um cenário mais difícil (gerenciamento de primeira linha e balanço patrimonial). Assim, reafirmam a classificação de compra no ativo (1,8x P / TBV).