📖 Guia da Temporada de Balanços: Saiba as melhores ações escolhidas por IA e lucre no pós-balançoLeia mais

Facebook faz história com sua estreia na bolsa de Nova York

Publicado 18.05.2012, 18:23

Teresa de Miguel.

Nova York, 18 mai (EFE).- O Facebook fez história nesta sexta-feira com a maior estreia em bolsa de uma empresa de tecnologia, com uma deslumbrante valorização de mais de US$ 112 bilhões, e isso apesar de um turbulento começo no qual passou de disparar mais de 13% a não experimentar mudanças e cair de valor, fechando finalmente a US$ 38,23 por ação, alta de 0,6%.

"Não acredito que nenhum de nós tenha visto nada parecido em nossa vida. A última vez que vimos algo assim foi quando o Google lançou-se em bolsa e em comparação aquilo parece um evento pequeno", explicou à Agência Efe o analista da firma Gartner, Michael Gartenberg.

Depois de se prolongar por mais de 30 minutos o começo de sua cotação no meio de uma expectativa desconhecida em Wall Street há anos, a primeira troca de ações do Facebook no mercado Nasdaq aconteceu no valor de US$ 42,05, 11% mais que os US$ 38 fixados em seu preço de lançamento.

Nesses primeiros minutos chegaram a ser fechadas contratações no valor de US$ 43, mais de 13%, confirmando as previsões de uma alta superior a dois dígitos no primeiro dia em Bolsa da rede social fundada há somente oito anos por Mark Zuckerberg em um dormitório da universidade de Harvard.

Mas após 20 minutos, a alta parou repentinamente até chegar a não registrar nenhuma mudança, exatamente nos US$ 38, o que despertou dúvidas sobre o sucesso deste lançamento em bolsa e que inclusive provocou que os três índices de referência de Wall Street ficassem no vermelho.

Essa inesperada mudança aconteceu em parte por um erro técnico do mercado Nasdaq, que reconheceu mais tarde estar pesquisando problemas com a execução das ordens de compra e venda das ações do Facebook, o que causou esse lançamento tumultuado.

Uma hora antes do fim da sessão, as ações da rede social - das quais já foram negociadas 432 milhões - recuperaram força e subiram 5,5%, o que catapultou sua valorização em bolsa para US$ 112 bilhões, acima de sólidas companhias como McDonald's, Citigroup e Amazon.

O Facebook lançou no mercado 421,2 milhões de ações, com o que arrecadou US$ 16 bilhões com sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), o que poderia chegar em um mês a US$ 18,4 bilhões.

Trata-se da maior estreia em Wall Street de uma empresa tecnológica, muito acima do Google, que em 2004 arrecadou US$ 1,9 bilhão, e o terceiro maior da história de qualquer empresa dos EUA, só atrás da General Motors, que lucrou US$ 18,140 bilhões, e Visa, com US$ 19,650 bilhões.

"Atualmente tudo isto parece muito importante. Se lançar em bolsa é um marco em nossa história, mas nossa missão não é ser uma empresa cotada, nossa missão é fazer o mundo mais aberto e conectado", disse Zuckerberg pouco antes de tocar o sino na cerimônia de abertura do Nasdaq, que hoje se transferiu da nova-iorquina Times Square para a sede do Facebook em Manlo Park (Califórnia).

Vestido com seu já tradicional casaco de moleton com capuz e em um palco instalado para a ocasião em frente a centenas de funcionários da empresa, Zuckerberg soou a campainha que transformou sua participação na rede social em um tesouro de US$ 19,1 bilhões.

Assim se dá por finalizado um processo que começou no dia 1ª de fevereiro, mas os analistas concordam que agora a rede social enfrenta novos e maiores desafios, como o de rentabilizar essa página que conecta 900 milhões de pessoas no mundo todo, um oitavo da população mundial.

"A pergunta é se a longo prazo qual vai ser o valor desta companhia, é uma companhia que mudou as regras em um mundo no qual o conteúdo costumava ser o rei. O Facebook fez com que agora as conexões sejam tudo", afirma o analista da Gartner.

Segundo sua opinião, a empresa que introduziu na vida diária o botão "Curtir" e utilizada como ferramenta para movimentos sociais como a "primavera árabe" tem um potencial enorme de crescimento nos dispositivos móveis, até tal ponto que se acredita que se o Facebook tivesse surgido hoje, "seria uma aplicação móvel".

Muito diferente é a visão do analista e executivo-chefe da PrivCo, Sam Hamadeh, que vê justamente nos celulares o calcanhar de aquiles da rede social, já que a possibilidade de mostrar anúncios é muito limitada, por isso que para ele um preço "justo" das ações do Facebook seria de entre US$ 24 e US$ 25.

Em qualquer caso e apesar das dúvidas da capacidade do Facebook de continuar criando valor, Hamadeh concorda em que o que acontece hoje "só ocorre uma vez a cada década". EFE

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.