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Ghosn sofre de insuficiência renal e foi preso ilegalmente, diz documento da defesa

Publicado 11.04.2019, 12:49
Atualizado 11.04.2019, 12:50
© Reuters. Ghosn em um carro após sair do escritório de seu advogado em Tóquio

Por Tim Kelly

TÓQUIO (Reuters) - A prisão "ilegal" de Carlos Ghosn interrompeu seu tratamento por insuficiência renal crônica, que o ex-chefe da Nissan sofre como resultado do tratamento para colesterol alto, disse sua defesa em documentos vistos pela Reuters nesta quinta-feira.

A equipe de defesa de Ghosn, em documentos preparados depois que seu cliente foi preso pela quarta vez pelos promotores de Tóquio na semana passada - e cujos detalhes não foram relatados anteriormente - alegam que a última prisão foi planejada para interromper a preparação da defesa e forçar uma confissão.

Os promotores de Tóquio se recusaram a comentar quando contatados pela Reuters.

Os promotores prenderam Ghosn na quinta-feira passada, em sua residência em Tóquio, onde ele estava hospedado desde a sua libertação, sob fiança de 9 milhões de dólares, devolvendo-o ao centro de detenção onde anteriormente ele passou mais de 100 dias.

Autoridades prenderam Ghosn por suspeita de enriquecimento a um custo de 5 milhões de dólares para a Nissan, já tendo sido acusado de má conduta financeira.

Antes da última detenção, Ghosn - que já foi um dos maiores executivos do setor automotivo do mundo por seu resgate da Nissan à beira da falência há duas décadas - negou todas as acusações contra ele e disse que foi vítima de um golpe na diretoria.

Ghosn tem colesterol alto e, como resultado do tratamento, sofre de insuficiência renal crônica e rabdomiólise, disse a defesa. A rabdomiólise é uma síndrome em que as fibras musculares liberam seu conteúdo na corrente sanguínea.

Interromper seu tratamento pela "conveniência da investigação da promotoria" foi "desumano", disse a defesa.

© Reuters. Ghosn em um carro após sair do escritório de seu advogado em Tóquio

Os documentos também incluem um relato da esposa de Ghosn, Carole, que disse que os promotores a impediram de entrar em contato com seu advogado na manhã da prisão do marido.

Ela disse que foi repetidamente submetida a exames corporais, forçada a manter a porta do banheiro aberta ao usá-lo, e que uma investigadora estava presente no banheiro quando se despiu para tomar um banho.

"Eu senti que eles estavam me humilhando e me coagindo com essas ações desumanas", disse Carole Ghosn em seu relato, datado de 4 de abril, o dia da nova prisão de seu marido.

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