Por Hilary Russ e Yilei Sun
NOVA YORK/PEQUIM (Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) anunciou nesta segunda-feira que vai encerrar gradativamente operações na Austrália e Nova Zelândia e vender uma fábrica na Tailândia em um movimento de reestruturação que custará à companhia 1,1 bilhão de dólares.
A decisão acelera a retirada da GM de mercados não lucrativos e torna a empresa mais dependente de operações nos Estados Unidos, China, América Latina e Coreia do Sul, uma vez que a empresa está desistindo de se expandir pelo sudeste asiático.
A GM estimou lucro estável para este ano depois de um ano difícil em 2019 e está enfrentando cada vez mais interesse na rival de carros elétricos Tesla (NASDAQ:TSLA).
A GM está "se focando em mercados onde temos as estratégias corretas para termos retornos robustos e priorizando investimentos globais que vão trazer crescimento no futuro da mobilidade", especialmente em veículos elétricos e autônomos, afirmou a presidente-executiva da GM, Mary Barra, em comunicado.
O anúncio envolvendo Austrália e Nova Zelândia marca uma continuação na retirada da GM da Ásia, que começou em 2015, quando a empresa disse que iria parar de montar carros de sua marca na Indonésia. As demissões na Austrália e Nova Zelândia somam 600 trabalhadores, enquanto na Tailândia, a venda da fábrica afeta cerca de 1.500 funcionários.
Barra tem priorizado margens de lucro ante volume de vendas e presença global desde que assumiu o comando da companhia em 2014.
Em 2017, ela vendeu as operações europeias da Opel e Vauxhall para a Peugeot e decidiu pela saída da companhia da África do Sul e de outros mercados africanos. Desde então, Barra também tomou decisões para retirar a GM do Vietnã, Indonésia e Índia.