Por Diane Bartz
WASHINGTON (Reuters) - O Google (NASDAQ:GOOGL) argumentou nesta quinta-feira que as alegações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de que a empresa violou a lei antitruste do país para construir e manter seu domínio no mercado de buscas na internet são falhas e que o processo deveria ser rejeitado.
O órgão norte-americano, que entrou com a ação nos últimos dias do governo Trump, argumenta que o Google, age de forma ilegal ao pagar bilhões de dólares todos os anos para fabricantes de smartphones, operadoras de telefonia e produtoras de navegadores da Web para definirem os serviços de busca da empresa como padrão aos seus clientes.
O juiz Amit Mehta questionou ativamente o advogado do Google, John Schmidtlein, pressionando-o, por exemplo, a responder sobre se ser dominante nas buscas significaria que o mecanismo de busca será aprimorado mais rapidamente do que seus concorrentes. Ele também perguntou se os acordos eram "anticompetitivos" e davam à empresa uma vantagem.
Schmidtlein, do Google, respondeu: "Oferecer um produto superior, ganhar negócios com base no mérito, nunca é ilegal."
"Não há dano ao consumidor aqui", disse Schmidtlein ao juiz em outro momento.
O Google argumentou em processos judiciais que os pagamentos em questão são acordos legais de compartilhamento de receita e não esforços ilegais para excluir concorrentes.
O caso está marcado para julgamento em setembro.
A estratégia do Google é a mais recente tentativa da empresa de tecnologia de encerrar várias ações judiciais caras e demoradas movidas por governos estaduais e federais visando controlar seu poder de mercado.