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Ibovespa desaba 5,45% após Moro deixar governo Bolsonaro

Publicado 24.04.2020, 17:46
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Por Peter Frontini

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista encerrou esta sexta-feira em forte queda, após o ministro Sergio Moro pedir demissão em discurso duro, gerando incertezas sobre o futuro do país já mergulhado na crise do coronavírus.

Após ter flertado com um mais um circuit breaker ao beirar 10% de queda, o Ibovespa de recuperou parcialmente, não o bastante para evitar uma derrocada de 5,45%, a 75.330,61 pontos. O volume financeiro somou 37,7 bilhões de reais.

Com o desempenho desta sexta-feira, o índice volta a ter uma semana negativa, após registrar alta nas duas anteriores.

No pronunciamento em que anunciou sua demissão, Moro contou que Bolsonaro lhe disse querer um diretor da Polícia Federal com o qual pudesse ter um contato pessoal, "que pudesse ligar, colher informações, relatórios de inteligência".

"A saída do Sérgio Moro coloca em xeque a continuidade do trabalho de outros ministérios, como o da Economia, e corrobora as dificuldades que o país pode enfrentar na retomada", afirmou Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Em transmissão pela internet à tarde, Bolsonaro rebateu as acusações de Moro sobre tentativa de interferência política na PF, mesmo após ter demitido o diretor-geral, Maurício Valeixo, sem o aval do ministro, a quem era subordinado.

Para Jefferson Laatus, estrategista-Chefe do Grupo Laatus, "a perda de credibilidade do governo Bolsonaro é gigantesca", acrescentando que agora o mercado também se preocupa com uma possível demissão do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O desempenho desta sessão só não foi pior devido à influência positiva das bolsas internacionais. Em Wall Treet, o índice S&P 500 subiu 1,39%.

Guedes, visto com bons olhos pelo mercado, cancelou seus compromissos desta sexta-feira, diante das tensões políticas envolvendo o governo.

Fontes da equipe econômica informaram à Reuters que a saída de Moro dificulta o caminho da agenda econômica de Guedes, que já passava por um momento delicado por conta das pressões por gastos com o coronavírus.

"Você enfraquece uma linha argumentativa que era a linha da resistência às velhas fórmulas políticas. Precisa ver se a resistência vai continuar ou se é a aproximação com os líderes do centrão", disse uma das fontes.

"O mercado acho que em parte precifica isso, me parece que a reação do mercado traz a avaliação de que você pode estar perdendo os alicerces que mantinham a condução da política econômica", disse Flávio Seerano, economista-chefe do Haitong.

DESTAQUES

- EMBRAER ON (SA:EMBR3) desabou 10,7%. O acordo de venda do controle da divisão de aviação comercial da empresa para a Boeing atingiu um obstáculo, criando incertezas sobre o negócio a menos que um avanço seja obtido rapidamente, afirmaram fontes com conhecimento das discussões.

- BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) despencou 13,4%, em sessão também bastante negativa para o setor bancário. BRADESCO PN (SA:BBDC4) caiu 7,8% e ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 5,3%.

- MARFRIG ON (SA:MRFG3) recuou 0,19%, após ter chegado a subir no começo da sessão. BRF ON (SA:BRFS3) caiu 4,92%, após informar que chegou a um acordo para encerrar uma "class action" na Justiça de Nova York. Enquanto isso, JBS ON (SA:JBSS3) perdeu 1,2%, após notícia de que funcionários da unidade de aves em Passo Fundo (RS) contraíram Covid-19.

- SUZANO (SA:SUZB3) ON avançou 7% e KLABIN subiu 1,7%, na esteira da escalada do dólar, o que beneficia suas receitas com exportações.

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- VIA VAREJO desavalorizou-se 13%, anulando a alta acumulada nas duas sessões anteriores. A empresa disse que espera reabrir maioria de lojas ao longo de maio.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) e PETROBRAS ON (SA:PETR3) caíram 5,9% e 7,3%, respectivamente.

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