SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista começava o último pregão de maio sem uma tendência clara, em meio à cautela sobre um discurso que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu fazer sobre a China nesta sexta-feira, que pode agravar a tensão entre os dois gigantes econômicos.
Às 10:40, o Ibovespa caía 0,56%.
"Um acirramento das tensões sino-americanas tem configurando uma das maiores ameaças para a recuperação dos mercados desde o fim da semana passada", observou a equipe da Guide Investimentos, em relatório a cliente.
Além das questões comerciais e da pandemia, os atritos entre Washington e Pequim envolvem medidas norte-americanas contra abuso de minorias muçulmanas na China e as últimas investidas do governo chinês em Hong Kong, considerado pelos EUA como uma ameaça à autonomia da região.
No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre mostrou contração de 1,5% frente ao últimos três meses de 2019, em linha com o esperado, e retração de 0,3% sobre o resultado do primeiro trimestre do ano passado, um pouco abaixo do declínio de 0,4% estimado em pesquisa Reuters.
O fechamento da semana também deve ser influenciado pelas operações relacionadas ao rebalanceamento dos MSCI Global Standard Indexes. Entre as ações brasileiras, foram excluídos os papéis da Embraer (SA:EMBR3) e adicionados os de Copel (SA:CPLE6) e CPFL Energia (SA:CPFE3).
(Por Paula Arend Laier)