Por Senad Karaahmetovic
Ontem, saiu a notícia de que o investidor ativista TCI Fund Management escreveu uma carta para o CEO da Alphabet (BVMF:GOGL35)(NASDAQ:GOOGL), Sundar Pichai, pedindo que a gigante da tecnologia tomasse uma “ação agressiva” para cortar despesas e o número de colaboradores.
O fundo de hedge, que possui uma participação de US$ 6 bilhões na Alphabet, escreveu para o Google no momento em que a companhia é uma das poucas no setor de tecnologia a não anunciar demissões em massa. Assim como a Apple (BVMF:AAPL34)(NASDAQ:AAPL), o Google divulgou apenas uma redução do ritmo de contratações.
“Nossas conversas com os ex-executivos sugerem que a empresa pode operar de forma mais eficiente com muito menos colaboradores”, dizia a carta.
A missiva também disse que o Google aumentou seu quadro de colaboradores ”a uma taxa anual de 20% desde 2017”, o que acreditava ser "excessivo".
“Reconhecemos que a Alphabet emprega alguns dos cientistas de computação mais talentosos e brilhantes, mas eles representam apenas uma fração do quadro funcional”.
Em vez de gastar tanto com colaboradores, o Google deveria aumentar o programa de recompra de ações e definir uma meta de margem Ebit para sua unidade Google Services. Essa unidade registrou uma margem Ebit de 39% em 2021, sendo que a TCI afirma que o ideal seria “de pelo menos 40%.”
Ao reagir à carta, analistas do Bernstein disseram que estão de acordo com os ativistas e esperam que o Google “fará o necessário para levar isso a cabo, mesmo que seja desconfortável”.
“O Google encontra-se em uma posição desconfortável de fazer algo que não é da sua natureza, ao cortar empregos”, acrescentaram os analistas em nota aos clientes.