Os juros futuros iniciaram a terça-feira (17) em leve queda ao longo de toda a curva em linha com o dólar, enquanto o investidor espera a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, às 9h30, em evento aberto à imprensa. Às 9h12, marcavam máximas, mas ainda em baixa. O DI para janeiro de 2022 estava na máxima a 3,270% ante 3,295% no ajuste ontem. O DI para janeiro de 2025 estava a 6,67% ante 6,69% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 estava na máxima a 7,46% ante 7,47% no ajuste de segunda-feira. Pouco depois, esse contrato marcava máxima com viés de alta de 7,48% para, em seguida, voltar a cair.
A agenda doméstica é fraca, sendo o principal destaque a participação de Campos Neto no "10º Congresso Internacional de Gestão de Riscos", organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Às 16h30, ele tem videoconferência com diretores do Federal Reserve Bank of New York, fechado à imprensa. Às 15h, o presidente do Fed, Jerome Powell, faz discurso em evento nos Estados Unidos.
Na segunda-feira, Campos Neto admitiu que o risco fiscal preocupa, mas argumentou que o governo tomou as medidas que eram necessárias para atravessar a crise. Ele também afirmou que "estender mais os auxílios agora pode significar menos efeitos positivos". Campos Neto entende que a recomposição da renda das famílias por meio dos auxílios do governo gerou uma poupança que deve começar a ser usada a partir do momento que esses auxílios forem retiradas em 2021.
Na agenda de hoje, os diretores Fabio Kanczuk (Política Econômica), Bruno Serra Fernandes (Política Monetária) e Fernanda Nechio (Assuntos Internacionais) participam da reunião trimestral com economistas por videoconferência. Na reunião com analistas ontem, uma dos temas tratados foi a preocupação com a trajetória da inflação, sobre a qual não há consenso.
Hoje cedo, a Fipe divulgou que Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 1,12% na segunda quadrissemana de novembro, desacelerando levemente em relação ao acréscimo de 1,16% registrado na primeira leitura deste mês. Como escreveram analistas da corretora CM Capital, "o grande destaque dessa desaceleração está nos grupos Habitação, que passou de 0,33% para 0,22%, e no grupo Alimentação, que passou de 2,35% para 2,20%".