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Juros caem mais com discurso do BC, apesar de IPCA-15 acima do consenso

Publicado 25.03.2022, 14:56
Juros caem mais com discurso do BC, apesar de IPCA-15 acima do consenso

Os juros futuros voltaram a fechar a sessão em queda firme. O mercado relegou o IPCA-15 de março acima da mediana das estimativas e devolveu prêmios, ainda embalado pela sinalização do Banco Central de que pretende encerrar o ciclo de ajuste da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio, e pela sequência de oito quedas seguidas do dólar ante o real.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou a sessão regular em 12,755%, de 12,846% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2024 caiu de 12,301% para 12,08%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 11,46%, de 11,715%, e o DI para janeiro de 2027, com taxa de 11,375%, ante 11,55%.

A alta do IPCA-15 bem acima da mediana das estimativas não foi capaz de abalar a avaliação do mercado de que o ciclo da Selic não vai muito longe. O índice subiu 0,95%, contra mediana de 0,86%, e em 12 meses já chega a 10,79%. O mercado fez várias ponderações, entre elas a de que a pressão esteve concentrada em itens mais voláteis.

"Estruturalmente, com um IPCA-15 acumulado em 12 meses de 10,8%, não tem como afirmar que a divulgação foi benigna, mas é fundamental apontar que o avanço dos núcleos olhados pelo BC perdeu ímpeto", avaliou o economista-chefe da Ativa Investimentos Étore Sanchez.

Assim, o mercado se apegou à ideia encampada pelo Banco Central de que a Selic está perto de níveis contracionistas o suficiente para fazer a inflação de 2023 convergir à meta de 3,25%. Os documentos do BC e declarações dadas na quinta pelo presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e pela diretora interina de Política Econômica, Fernanda Guardado, já haviam deixado claro que o plano de voo contempla apenas mais uma alta em maio, mas deixando espaço para aumentos adicionais se o cenário exigir.

Nesta sexta, Campos Neto, em evento realizado pelo banco central do Peru e pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), voltou a reforçar que o BC se antecipou no movimento de aperto monetário e deve encerrar o ciclo com aumento de mais 1 ponto porcentual na Selic, para 12,75%. "Já fizemos a maior parte do serviço e precisamos esperar e ver os efeitos do que foi feito", afirmou. E voltou a ponderar que, diante do ambiente de grande incerteza, a porta para junho ficou aberta.

O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, diz que não é viável ficar revisando projeção de Selic a cada IPCA que sai. "Nos últimos meses, temos tido uma volatilidade gigantesca em alimentos e bens industriais. Enquanto o IPA não inverter, a inflação vai subir um pouco mais", previu. "O BC disse que a Selic está chegando a um nível bem restritivo. Com um IPCA de 4% no ano que vem, o juro real ex-ante chegaria em 8%. É muito alto", calcula o economista, para quem o Copom vai levar a Selic até 13,25%.

Nesse contexto, o efeito do discurso do BC é mais visível nos contratos intermediários, dado o raciocínio de que, findo o ciclo de contração monetária, a Selic ficará parada por algum tempo e depois volta a cair. "O mercado começa a arbitrar taxas", explica Lima. Outro fator nada desprezível e que pode aliviar a inflação de médio prazo é o câmbio. O dólar fechou nesta sexta a R$ 4,7473, menor nível desde 11 de março de 2020.

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