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Juros: Taxas curtas sobem e longas caem com IPCA salgado e aprovação da PEC

Publicado 10.11.2021, 15:41
Atualizado 10.11.2021, 19:11
© Reuters.  Juros: Taxas curtas sobem e longas caem com IPCA salgado e aprovação da PEC

O IPCA de outubro acima do esperado, em conjunto com a aprovação em segundo turno da PEC dos Precatórios, reforçou o movimento de desinclinação da curva de juros, com as taxas de curto prazo oscilando ora em leve alta ora estáveis, enquanto as longas cederam. A surpresa negativa da inflação provocou nova onda de revisões para cima nas estimativas de IPCA e Selic nos Departamentos Econômicos, mas na curva foi suavizada justamente pelo resultado da votação da PEC, que também acabou limitando o contágio da pressão do rendimento dos Treasuries.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subiu de 12,151% para 12,20% (regular) e a do DI para janeiro de 2025 caiu para 11,83% (regular), de 11,855%. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 11,67% (regular), de 11,723% ontem. Na etapa estendida, as taxas tiveram leve avanço ante a regular, com exceção do DI para janeiro de 2023 que se manteve em 12,20%. A do DI para janeiro de 2025 terminou a estendida em 11,90% a do DI para janeiro de 2027, em 11,73%.

"Apesar das dúvidas sobre a tramitação no Senado, o fato de a PEC ter passado na Câmara aliviou o efeito que o IPCA poderia ter tido na curva, mas aumenta a pressão sobre o Banco Central para que eleve a Selic em mais do que 1,5 ponto porcentual", afirmou o estrategista-chefe da CA Indosuez Brasil, Vladimir Caramaschi. Num dia de quórum mais elevado na Câmara, o placar de 323 votos favoráveis ao texto foi mais elástico do que no primeiro turno, de 312, apenas quatro acima dos 308 necessários.

No Senado, o texto terá relatoria do senador Fernando Bezerra (MDB-PE), o que, a princípio, eleva as chances de aprovação. "A escolha do líder do governo para a relatoria é um passo importante para aprovação, ainda que exista risco em relação ao timing da votação", afirma o analista de política da Tendências Consultoria, Rafael Cortez.

Com relação ao IPCA, a taxa no mês passado surpreendeu, ao acelerar a 1,25%, ante previsão de que refluísse a 1,06% (mediana das estimativas), de 1,16% em setembro. Superou até mesmo o teto das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 1,19%. O resultado, somado à leitura negativa dos preços de abertura do indicador, desencadeou uma série de revisões em alta para inflação e juros entre os economistas. Na curva a termo, endossou o consenso de elevação de 2 pontos porcentuais na Selic no Copom de dezembro.

No exterior, o dia também foi de inflação acima do previsto, com o CPI de outubro nos Estados Unidos (0,9%) superando as estimativas de 0,6%. O núcleo de 0,6% igualmente veio acima do consenso, de 0,4%. Os dados trouxeram cautela aos ativos, dada a possibilidade de antecipação de aperto de juros pelo Federal Reserve. "A T-Note de dez anos, que vinha bem desde a coletiva de Jerome Powell, agora deu sinal de vida", destacou Caramaschi. O yield do papel subia a 1,56% no fim da tarde, mas o impacto na curva local foi limitado pela melhora do risco fiscal após a PEC.

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